
Você já sentiu aquela sensação de areia nos olhos, uma ardência incômoda ou até um cansaço ocular sem explicação? Esses podem ser sinais da síndrome do olho seco, uma condição mais comum do que parece e que vai muito além de um simples ressecamento.
Continue lendo o artigo para saber mais!
O que é síndrome do olho seco?
A síndrome do olho seco, ou doença do olho seco, acontece quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando a qualidade da lágrima é baixa, evaporando rapidamente. Como resultado, a superfície ocular perde sua lubrificação natural, o que pode causar desconforto, irritação e até riscos à visão.
A lágrima, esse líquido que parece tão simples, é composta por água, óleos e muco. Ela tem um papel fundamental na lubrificação ocular, proteção contra agentes externos e manutenção da nitidez da visão. Quando essa película lacrimal falha, surgem os primeiros sinais do problema.
Quem pode desenvolver o ressecamento ocular?
Qualquer pessoa pode sofrer com o ressecamento ocular, mas alguns grupos têm maior predisposição:
- Pessoas acima dos 50 anos;
- Mulheres na menopausa (devido às alterações hormonais);
- Quem usa lentes de contato com frequência;
- Usuários de medicamentos como antidepressivos, descongestionantes e anti-histamínicos;
- Pacientes que passaram por cirurgias oculares;
- Indivíduos com doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatoide;
- Pessoas que passam muitas horas diante de telas e ambientes com ar condicionado.
É uma condição multifatorial, que pode ser agravada pelo estilo de vida moderno.
Sintomas da síndrome do olho seco
Os sinais da síndrome do olho seco variam de leves a intensos. Entre os principais sintomas estão:
- Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos;
- Ardência, coceira e vermelhidão;
- Visão embaçada, principalmente ao final do dia;
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Lacrimejamento excessivo (uma tentativa do olho de compensar a falta de lubrificação);
- Cansaço ocular após leitura ou uso prolongado de telas.
É importante observar esses sintomas com atenção. Quando persistem, podem afetar significativamente a qualidade de vida e até a saúde da córnea.
Principais causas do olho seco
As causas da síndrome do olho seco estão associadas tanto à redução da produção de lágrima quanto à sua rápida evaporação. Veja as mais comuns:
- Envelhecimento natural;
- Alterações hormonais, especialmente na menopausa;
- Ambientes com ar condicionado, vento ou fumaça;
- Uso prolongado de dispositivos eletrônicos, que reduz a frequência do piscar;
- Blefarite (inflamação das pálpebras);
- Lagoftalmia (dificuldade em fechar completamente os olhos);
- Medicamentos que afetam a produção lacrimal;
- Doenças autoimunes, como a síndrome de Sjögren.
Ignorar esses fatores pode agravar o problema e até gerar complicações mais sérias, como lesões na córnea e infecções oculares.
Tratamento para síndrome do olho seco
A boa notícia é que há tratamento para olho seco, e ele costuma ser eficaz quando feito com acompanhamento médico. O objetivo é restaurar a lubrificação natural dos olhos e aliviar os sintomas.
1. Colírios lubrificantes (lágrimas artificiais)
São a primeira linha de cuidado. Esses colírios ajudam a hidratar os olhos e imitam a lágrima natural. Existem versões mais leves ou mais viscosas, dependendo da necessidade de cada pessoa. É essencial que o uso seja indicado por um oftalmologista.
⚠️ Atenção: colírio lubrificante não substitui colírios com medicamentos, como antibióticos ou anti-inflamatórios.
2. Medicamentos que estimulam a produção de lágrima
Em casos mais persistentes, o médico pode prescrever substâncias como ciclosporina ou lifitegraste, que atuam diretamente nas glândulas lacrimais.
3. Higiene das pálpebras e compressas mornas
Para quem sofre de blefarite, limpar as pálpebras com produtos específicos e aplicar compressas mornas ajuda a desobstruir as glândulas responsáveis pela parte oleosa da lágrima.
4. Oclusão dos pontos lacrimais
Em alguns casos, pode ser indicado o uso de plugues de silicone que bloqueiam os canais de drenagem da lágrima, mantendo o olho lubrificado por mais tempo.
Mudanças de hábitos que ajudam no alívio do olho seco
Além do tratamento clínico, mudanças simples no dia a dia podem fazer uma grande diferença:
- Faça pausas a cada 20 minutos ao usar telas. Olhe para um ponto distante por 20 segundos;
- Pisque conscientemente, especialmente durante atividades que exigem foco visual;
- Use umidificadores de ambiente, principalmente em locais com ar condicionado;
- Evite vento direto no rosto e exposição à fumaça;
- Inclua alimentos ricos em ômega-3 na dieta, como sardinha, salmão e linhaça.
Quando procurar um oftalmologista?
Sentiu algum dos sintomas? Não adie o cuidado. Só o oftalmologista pode diagnosticar corretamente a síndrome do olho seco, identificar a causa exata e recomendar o melhor tratamento para o seu caso. A automedicação pode piorar a situação.
Cuide da saúde ocular com a mesma atenção que dedica ao resto do corpo!
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