Fevereiro se destaca no calendário de saúde não apenas pelo carnaval, mas também por ser o mês dedicado à conscientização de importantes causas: as campanhas Fevereiro Roxo e Laranja, relacionados às doenças crônicas (Fibromialgia, Lúpus e Alzheimer) e Leucemia, respectivamente.
Essas iniciativas visam despertar a atenção da sociedade para doenças crônicas e condições de saúde que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo, muitas das quais carecem de visibilidade e compreensão. Por meio dessas campanhas, busca-se promover não apenas a conscientização, mas também a solidariedade e o apoio às pessoas afetadas.
Para saber mais sobre as campanhas Fevereiro Roxo e Fevereiro Laranja, e como o RH pode promovê-las dentro da organização, continue lendo o artigo a seguir!
O que são as campanhas Fevereiro Roxo e Laranja?
A campanha Fevereiro Roxo é uma iniciativa dedicada à conscientização sobre três doenças crônicas e não transmissíveis: Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer. Já a campanha Fevereiro Laranja foca na leucemia, um tipo de câncer que afeta as células do sangue e a medula óssea, chamando atenção para a importância da doação de medula óssea.
Qual a importância das campanhas Fevereiro Roxo e Laranja?
Essas campanhas são fundamentais para informar a população sobre as características, sintomas e tratamentos dessas doenças, além de desmistificar preconceitos e fornecer apoio aos pacientes e suas famílias. Elas também são fundamentais para estimular a pesquisa e o financiamento de novos tratamentos, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.
Quando foi criada a campanha Fevereiro Roxo?
A campanha Fevereiro Roxo é uma iniciativa de conscientização que visa chamar a atenção para algumas doenças crônicas e não transmissíveis, especificamente o Lúpus, a Fibromialgia e o Alzheimer. Essas condições são conhecidas por sua complexidade e impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, bem como pela dificuldade em obter diagnósticos precoces e tratamentos eficazes.
O objetivo da campanha é educar a população sobre os sintomas, promover o diagnóstico precoce, incentivar o apoio à pesquisa e melhorar a compreensão pública dessas doenças, além de desmistificar as condições e proporcionar apoio aos indivíduos afetados e suas famílias.
A campanha foi criada em 2014, em Minas Gerais, com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”. A escolha do mês de fevereiro e da cor roxa visa aproveitar um período do ano já associado à saúde (com várias outras campanhas de conscientização ocorrendo em diferentes momentos) e utilizar uma cor que é frequentemente associada à dignidade, ao propósito e à seriedade, refletindo a natureza das doenças abordadas.
As organizações de saúde, instituições de caridade, grupos de apoio e entidades governamentais frequentemente se mobilizam durante este mês para realizar atividades educativas, campanhas de mídia social, eventos de arrecadação de fundos e outras iniciativas para aumentar a conscientização e o apoio em torno do Lúpus, da Fibromialgia e do Alzheimer.
Sobre as Doenças Crônicas: Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer
Alzheimer
O Alzheimer é um tipo de doença que afeta o cérebro, levando ao deterioramento progressivo das capacidades mentais, afetando a capacidade de realizar tarefas diárias e a interação social. Com o tempo, essa condição impacta negativamente o comportamento e a personalidade do indivíduo, resultando em perda significativa de memória.
Essa doença é responsável pela forma mais frequente de demência, um conjunto de sintomas que compromete funções cognitivas e sociais. No Brasil, aproximadamente 15 milhões de pessoas têm mais de 60 anos, e cerca de 6% dessa população sofre de Alzheimer, conforme informações da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
Fibromialgia
A Fibromialgia é caracterizada principalmente pelo impacto nas articulações, resultando em dores generalizadas no corpo, especialmente nos músculos e tendões. Essa condição também está associada a sintomas como fadiga intensa, distúrbios do sono, bem como ansiedade e depressão. Frequentemente, a fibromialgia surge após situações de estresse intenso, seja por um trauma físico, emocional ou após uma infecção.
As causas específicas que levam ao desenvolvimento dessa doença ainda são desconhecidas. A fibromialgia afeta 2,5% da população mundial. No contexto brasileiro, estima-se pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) que aproximadamente 3% da população seja afetada pela doença, sendo que, de cada 10 pacientes com fibromialgia, 7 a 9 são mulheres.
Lúpus
O Lúpus é uma doença crônica autoimune na qual o corpo produz anticorpos em quantidade maior do que a necessária para seu funcionamento ótimo. Como resultado, esses anticorpos excedentes começam a atacar o próprio corpo, levando a inflamações em órgãos e tecidos como rins, pulmões, pele e articulações.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, existem cerca de 65.000 pessoas com lúpus no Brasil, sendo a maioria mulheres. Acredita-se que 1 a cada 1.700 mulheres no país tenha a doença.
Quando foi criada a campanha Fevereiro Laranja?
A campanha Fevereiro Laranja é uma iniciativa dedicada à conscientização e prevenção da leucemia, um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea. O objetivo principal dessa campanha é aumentar a conscientização sobre a doença, promovendo informações sobre prevenção, diagnóstico precoce, tratamentos disponíveis e a importância da doação de medula óssea para salvar vidas de pacientes afetados pela leucemia.
Além disso, busca-se incentivar o cadastro de novos doadores de medula óssea, elemento essencial no tratamento de muitos casos de leucemia. A origem específica da campanha Fevereiro Laranja não é amplamente documentada com uma data de criação exata, mas faz parte de um movimento mais amplo de campanhas de conscientização sobre câncer e outras doenças graves, que ganhou força ao longo dos anos.
Assim como outras campanhas de conscientização associadas a cores e meses específicos, Fevereiro Laranja se estabeleceu como um importante período para focar nos esforços de conscientização sobre a leucemia. Este movimento tem crescido em visibilidade e participação, com organizações de saúde, instituições de caridade e grupos de apoio promovendo atividades educativas, eventos de arrecadação de fundos e campanhas nas redes sociais para disseminar informações e angariar apoio para a causa.
Sobre a Leucemia
A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células do sangue, originando-se, na maioria das vezes, na medula óssea. Caracteriza-se pela produção excessiva e descontrolada de leucócitos (células brancas do sangue) anormais, que não funcionam corretamente e podem suprimir a produção de células sanguíneas normais. Essas células anormais se acumulam no sangue e, eventualmente, em outros órgãos, interferindo nas funções vitais do corpo.
Existem vários tipos de leucemia, classificados principalmente com base na velocidade de progressão da doença (aguda ou crônica) e no tipo de célula sanguínea afetada (mieloide ou linfóide). As leucemias agudas progridem rapidamente e requerem tratamento imediato, enquanto as leucemias crônicas tendem a desenvolver-se lentamente ao longo do tempo.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a leucemia é o 9º câncer mais comum no sexo masculino e o 11º no feminino. Além disso, estima-se que entre 2023 e 2025, o Brasil tenha mais de 11 mil casos de Leucemia por ano.
A importância de ser um doador de medula óssea
O transplante de medula óssea aparece como uma forma de tratamento, principalmente em casos de alto risco. Segundo levantamento do Hemocentro da Universidade de Campinas (Unicamp), a chance de se encontrar um doador compatível é, em média, de 1 a cada 100 mil pessoas.
Por isso, vem sendo criado cada vez mais campanhas. Em 2014, por exemplo, foi criado o Programa Permanente do Transplante de Medula Óssea (Pró-Medula) para estimular a doação e viabilizar o transplante entre pacientes e doadores compatíveis.
Tornar-se um doador de medula óssea é um processo simples que pode fazer uma enorme diferença na vida de pessoas com doenças graves para as quais o transplante de medula óssea muitas vezes representa a única esperança de cura. É um ato de generosidade e amor.
Requisitos para ser doador de medula óssea
- Ter entre 18 e 55 anos de idade, dependendo do país ou da política específica do registro de doadores.
- Estar em bom estado geral de saúde.
- Não ter doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue ou doenças do sistema imunológico.
- Para doar, basta procurar um hemocentro munido de documento oficial com foto. A coleta de 5 ml de sangue é suficiente para identificar as características genéticas que serão cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de doação. Se o doador for compatível com algum paciente, outros exames são feitos.
- A doação pode ser feita de duas formas: pela coleta de células do sangue periférico, um processo similar à doação de sangue, ou através da coleta direta da medula óssea do osso pélvico, feita sob anestesia.
8 ações estratégicas para o RH trabalhar o Fevereiro Roxo e Laranja na empresa
As organizações podem desempenhar um papel importante na difusão dessas campanhas. Isso pode ser feito por meio de ações de comunicação interna, como palestras, distribuição de materiais informativos, e campanhas de conscientização nas redes sociais.
Além disso, podem promover e apoiar eventos de saúde, incentivar o voluntariado e a doação de medula óssea entre os colaboradores, e estabelecer parcerias com instituições de saúde para oferecer exames e consultas focadas na prevenção e no diagnóstico precoce dessas doenças.
Em resumo, a campanha Fevereiro Roxo e Laranja nos convida a olhar além de nossas rotinas diárias, oferecendo uma oportunidade para aprender, ajudar e, potencialmente, salvar vidas através da conscientização e da ação. É um lembrete de que, juntos, podemos fazer a diferença na luta contra doenças crônicas e o câncer.
Confira 8 ações estratégicas que o RH pode adotar:
Campanhas internas de conscientização
Desenvolver materiais informativos e campanhas de comunicação interna focadas nas condições de saúde abordadas no Fevereiro Roxo e Laranja, utilizando e-mails, newsletters, postagens na intranet e cartazes pelos espaços da empresa para educar os funcionários.
Organização de palestras e workshops
Promover eventos educativos com especialistas em saúde, incluindo médicos, pesquisadores e portadores das doenças, para falar sobre prevenção, tratamentos disponíveis e viver com as condições abordadas nas campanhas.
Promoção de desafios de saúde e bem-estar
Iniciar desafios de saúde e bem-estar, incentivando os funcionários a adotarem hábitos de vida mais saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e técnicas de redução de estresse, acompanhando os progressos e premiando as conquistas.
Criação de grupos de apoio
Estabelecer grupos de apoio internos para colaboradores afetados pelas doenças ou que têm familiares lidando com elas, proporcionando um espaço para compartilhamento de experiências, informações e apoio emocional.
Incentivo aos exames preventivos
Facilitar o acesso a exames preventivos e check-ups regulares, por meio de parcerias com clínicas e hospitais, ou oferecendo dias específicos para realização de exames no local de trabalho.
Apoio a instituições sociais
Organizar ações para apoiar instituições e ONGs que trabalham com as doenças abordadas nas campanhas, seja através de voluntariado corporativo, arrecadação de fundos ou doações de recursos necessários.
Visitas a hospitais
Coordenar visitas voluntárias a hospitais e centros de tratamento, permitindo que os funcionários ofereçam suporte direto aos pacientes, entendam melhor suas lutas e contribuam para elevar o espírito e a moral.
Campanhas de doação de sangue e medula
Promover e facilitar campanhas de doação de sangue e cadastro para doadores de medula óssea dentro da empresa, em parceria com bancos de sangue e registros de doadores, destacando a importância e o impacto dessas ações.
Como o RH pode ajudar colaboradores com doenças crônicas?
O RH desempenha um papel importante no apoio a colaboradores com doenças crônicas, não apenas criando um ambiente de trabalho inclusivo e compreensivo, mas também oferecendo benefícios que possam ajudar esses funcionários a gerenciar suas condições de forma mais eficaz.
Com o plano de bem-estar corporativo da Vidalink, ao subsidiar medicamentos, a empresa pode diminuir significativamente o ônus financeiro sobre os colaboradores, garantindo que eles possam manter seus tratamentos sem comprometer sua situação financeira. Isso não apenas ajuda na gestão da doença, mas também demonstra o comprometimento da empresa com o bem-estar de seus funcionários.
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