
Uma casquinha vermelha brilhante, crocante na medida certa. Ao morder, o contraste perfeito: um morango suculento coberto por uma generosa camada de brigadeiro branco. O morango do amor, doce que viralizou nas redes sociais, virou uma espécie de releitura moderna da maçã do amor — só que com ainda mais camadas de açúcar, cremosidade e likes no Instagram.
Fácil de fazer, fácil de vender, difícil de resistir. Mas, por trás do brilho da casquinha e da nostalgia que ele desperta, existe um alerta importante: o consumo excessivo de açúcar pode afetar diretamente a sua saúde física e emocional.
A tentação do morango do amor e seus riscos invisíveis
De tempos em tempos, a internet transforma um alimento em símbolo de desejo coletivo. O morango do amor virou esse símbolo. Para as confeiteiras, foi oportunidade de renda. Para quem consome, uma explosão de sabor. Mas é aí que mora o perigo: por ser bonito, popular e emocionalmente confortável, ele entra na rotina sem alarde.
Uma unidade pode conter de 20 a 30g de açúcar. Isso representa praticamente a recomendação diária da Organização Mundial da Saúde, que sugere um limite de 25g de açúcar livre por dia para um adulto saudável. E isso sem contar os outros doces, sucos e alimentos ultraprocessados que podem estar presentes no mesmo dia.
Como o excesso de açúcar afeta o corpo
O açúcar em excesso não afeta só a balança. Ele está relacionado a uma série de desequilíbrios no organismo, entre eles:
- picos de glicose e insulina: provocam aumento da fome, cansaço e favorecem o acúmulo de gordura abdominal;
- inflamação crônica: favorece doenças autoimunes, articulares e cardiovasculares;
- maior risco de doenças metabólicas: como diabetes tipo 2, hipertensão e colesterol alto;
- comprometimento do sistema imunológico: o excesso de açúcar reduz a capacidade de defesa do organismo.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, mais de 16 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, o que coloca o país na sexta posição em número de casos no mundo. Infelizmente, esse número vem crescendo com a popularização dos alimentos ultraprocessados e do consumo excessivo de açúcares adicionados.
Outros efeitos menos comentados incluem:
- doença gordurosa do fígado;
- complicações renais;
- aceleração do envelhecimento da pele, com perda de elasticidade;
- e até desgaste na saúde bucal, com maior risco de cáries e inflamações gengivais.
Os impactos emocionais do açúcar
Se não bastasse os impactos no nosso corpo, o consumo de açúcar também interfere no nosso bem-estar mental. Sabe aquela sensação de felicidade logo após comer um doce? Ela tem explicação científica: o açúcar ativa áreas do cérebro ligadas à recompensa e ao prazer, liberando serotonina e dopamina. Mas esse pico de prazer é passageiro, e pode ser seguido por um efeito rebote de cansaço, irritabilidade, ansiedade e até tristeza.
É como uma montanha-russa emocional. Você busca o doce para aliviar o estresse e, minutos depois, se sente ainda pior. O corpo entra num ciclo de dependência e o açúcar começa a funcionar como uma espécie de “muleta emocional”.
Estudos mostram que dietas com alto teor de açúcar aumentam o risco de desenvolver sintomas depressivos. Isso porque esse tipo de alimentação afeta diretamente os níveis de serotonina e aumenta a produção do hormônio do estresse, como o cortisol.
Além disso, o consumo excessivo pode atrapalhar o sono, prejudicar a concentração e gerar aquela confusão mental que afeta até as tarefas mais simples do dia a dia.
Comer com consciência: o verdadeiro amor
A ideia aqui não é demonizar o morango do amor e nem qualquer outro doce. Mas é importante entender o papel que esses alimentos ocupam na sua rotina. Comer um doce de vez em quando, com prazer e sem culpa, faz parte de uma relação equilibrada com a comida.
O problema é quando o doce vira hábito diário ou refúgio emocional. Nesse ponto, ele deixa de ser prazer e passa a afetar sua saúde física e emocional.
Pequenas escolhas que fazem diferença
Reduzir o consumo de açúcar não precisa ser radical. Pequenas atitudes podem fazer diferença no dia a dia:
- Leia rótulos: açúcar pode aparecer com outros nomes (xarope de milho, maltodextrina, glicose…).
- Cozinhe mais: quando você prepara seus próprios alimentos, tem mais controle sobre o que consome.
- Use frutas para adoçar receitas naturalmente. Tâmara é uma excelente opção!
- Beba mais água: muitas vezes, o corpo confunde sede com vontade de comer doce.
- Cuide do sono e do estresse: sono ruim e ansiedade aumentam o desejo por açúcar.
- Gerencie o estresse: O estresse pode levar ao desejo por alimentos açucarados. Encontre maneiras saudáveis de gerenciar o estresse, como exercícios físicos, meditação ou hobbies.
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Desfrute de um morango do amor ocasionalmente, mas não deixe que ele se torne a base da sua alimentação. A verdadeira doçura da vida está na saúde e no bem-estar que você constrói dia após dia!
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