Precisamos falar sobre a Síndrome de Burnout, uma doença que está cada vez mais presente na vida dos profissionais brasileiros: 1 a cada 4 pessoas sofre de Burnout no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pela faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP). São dados alarmantes que refletem uma realidade preocupante no ambiente de trabalho moderno.
A Síndrome de Burnout é caracterizada pelo esgotamento extremo e desmotivação no trabalho. Essa condição vai além do cansaço habitual, ela se manifesta como uma exaustão incapacitante, prejudicando de maneira significativa a saúde mental dos indivíduos e, consequentemente, a produtividade nas organizações.
Abordar esse tema é fundamental não apenas para o bem-estar dos profissionais, mas também para a saúde das empresas e da sociedade como um todo. Uma força de trabalho mentalmente saudável é mais engajada, criativa e produtiva. Além disso, reconhecer e tratar o Burnout é importante para prevenir complicações de saúde mais graves, contribuindo para uma sociedade mais equilibrada e sustentável.
Para compreendermos melhor sobre a Síndrome de Burnout, a Vidalink entrevistou Patrícia Pousa, Doutora em Mundo do Trabalho e Saúde Mental, que trouxe perspectivas relevantes sobre o tema. Confira!
O que é a Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um estado de esgotamento físico, emocional e mental causado por estresse prolongado ou excessivo, especialmente no ambiente de trabalho.
A origem do termo “Burnout” surgiu em 1974, quando o psicanalista Herbert Freudenberger usou pela primeira vez esta expressão, derivada do inglês “To burn out”. Freudenberger notou que não sentia mais satisfação no seu trabalho, uma sensação que associou ao esgotamento causado pela diminuição de energia emocional.
Com isso, a expressão passou a descrever o estado de alguém que atingiu seus limites, afetando gravemente seu desempenho físico e emocional. O termo em inglês,então significa “esgotamento/exaustão”, referindo-se à incapacidade de continuar desempenhando funções que foram determinadas.
A Síndrome de Burnout em números no mundo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere a doença como “uma síndrome resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”. Infelizmente, os dados são bem alarmantes:
- Aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome.
- O Brasil ocupa o segundo lugar em número de casos diagnosticados, superado apenas pelo Japão, onde 70% da população é afetada pelo problema.
- Um estudo realizado pela Deloitte mostrou que 77% dos empregados experimentaram burnout em seu emprego atual, sendo a principal razão a falta de suporte e reconhecimento por parte da liderança.
- Em 2021, a Mental Health UK reportou que 46% dos funcionários se sentiam mais susceptíveis a altos níveis de estresse do que no ano anterior, e alarmantes 20% afirmaram sentir-se incapazes de lidar com o estresse e a pressão no trabalho.
- Além disso, uma pesquisa de 2022 feita pela McKinsey Health com 15.000 trabalhadores em 15 diferentes países, revelou que 25% deles sofriam de sintomas de burnout.
- Na pesquisa “Check-up de Bem-Estar 2023”, conduzida pela Vidalink, que contou com a participação de 8.900 profissionais de 217 empresas em todo o Brasil, foi revelado que 70% destes entrevistados se sentem ansiosos, angustiados ou sem vontade de fazer nada na maior parte do tempo.
- De acordo com a OMS, os problemas relacionados à saúde mental no trabalho, tais como o Burnout, diminuem a produtividade, resultando na perda anual de US$ 1 trilhão no mundo.
No contexto do crescente número de casos de transtornos mentais, a discussão sobre a síndrome de burnout e saúde mental se tornam cada vez mais relevantes no ambiente corporativo. É o que afirma a Doutora em Mundo do Trabalho e Saúde Mental, Patrícia Pousa: “Não podemos deixar de abordar este tema, não só porque os números de transtornos mentais vêm aumentando, mas também por ser consenso que o trabalho é fundamental não só para a nossa subsistência, mas para a nossa essência.”
OMS inclui o Burnout na lista de doenças do trabalho
Em janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou a Síndrome de Burnout na sua Classificação Internacional de Doenças (CID-11). A decisão foi tomada em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde.
Com isso, na prática, significa que a pessoa diagnosticada tem direito a licença médica, devidamente remunerada, de até 15 dias, sendo que, em caso de necessidade, pode ser estendida por mais tempo – porém sob cobertura do INSS. Após o fim do auxílio-doença acidentário, o indivíduo não pode ser dispensado sem justa causa pelo prazo de um ano.
A decisão da OMS de reconhecer o burnout como uma condição médica é um passo importante na compreensão e tratamento, especialmente no contexto do ambiente de trabalho. Isso ajuda a legitimar as experiências de inúmeros trabalhadores ao redor do mundo e destaca a necessidade de abordagens mais eficazes para prevenir e gerenciar o estresse ocupacional.
As 3 dimensões da Síndrome de Burnout
A síndrome do esgotamento profissional é caracterizada por três dimensões principais:
Exaustão emocional: Sensação de estar emocionalmente esgotado e drenado, resultado do acúmulo excessivo de estresse, especialmente no ambiente de trabalho. Pessoas que sofrem de exaustão emocional muitas vezes se sentem fisicamente e emocionalmente exaustas, incapazes de enfrentar as demandas diárias.
Despersonalização ou Ceticismo: Refere-se ao desenvolvimento de sentimentos negativos, cínicos e insensíveis em relação aos colegas de trabalho e até mesmo ao próprio trabalho. Pode manifestar-se como uma atitude de distanciamento emocional e mental das tarefas relacionadas ao trabalho ou das pessoas no ambiente de trabalho.
Baixa realização profissional: Esta dimensão envolve uma sensação de ineficácia e falta de realização no trabalho. Pessoas que sofrem de baixa realização profissional se sentem insatisfeitas com suas conquistas no trabalho e duvidam de sua competência e do valor de seu trabalho.
Quais são as causas da Síndrome de Burnout?
O estresse ocupacional é causado geralmente por uma combinação de fatores relacionados ao trabalho e ao estilo de vida. Algumas das causas mais comuns são:
Carga de trabalho excessiva: Horas de trabalho longas e ininterruptas, prazos apertados, e tarefas excessivas.
Falta de controle: Sentir-se incapaz de influenciar decisões que afetam seu trabalho, como sua programação, tarefas ou carga de trabalho.
Expectativas de trabalho incertas e conflitantes: Não ter clareza sobre o grau de autoridade ou as expectativas do seu papel na empresa.
Dinâmica de trabalho desafiadora: Isso pode incluir lidar com colegas de trabalho difíceis, falta de suporte da equipe ou gerenciamento ruim.
Falta de reconhecimento: Não receber feedback positivo ou recompensas pelo trabalho duro.
Falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: Dificuldade em equilibrar as exigências do trabalho com as da vida pessoal.
Ambiente de trabalho tóxico: Isso pode incluir tudo, desde política de escritório até bullying ou assédio.
Mudanças constantes: Adaptação frequente a novas políticas ou direções sem tempo adequado para ajuste.
Fatores pessoais: Como traços de personalidade (perfeccionismo, por exemplo) ou problemas pessoais fora do trabalho.
É importante lembrar que a Síndrome de Burnout não surge apenas devido a um fator isolado, mas geralmente é o resultado de uma combinação desses fatores ao longo do tempo.
Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?
Os sintomas da Síndrome de Burnout podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem uma combinação de sinais emocionais, físicos e comportamentais. Aqui estão alguns dos sintomas mais comuns:
Sintomas emocionais
Exaustão emocional: Sentir-se cansado e sem energia para enfrentar as demandas diárias.
Desânimo e negatividade: Sentimentos de pessimismo, frustração e desesperança.
Ansiedade e depressão: Sentimentos de tristeza, inutilidade ou preocupações persistentes.
Despersonalização: Sentimentos de cinismo e distanciamento dos colegas de trabalho ou do trabalho em si.
Baixa autoestima e insegurança: Duvidar da própria competência e valor.
Sintomas físicos
Fadiga e cansaço crônico: Sentir-se constantemente esgotado, mesmo após períodos de descanso.
Problemas de sono: Dificuldades em adormecer ou manter o sono.
Dores de cabeça e dores musculares: Tensões frequentes ou dores inexplicáveis.
Alterações no apetite: Perda ou aumento do apetite.
Problemas digestivos: Como indigestão, diarreia ou constipação.
Sintomas comportamentais
Isolamento: Evitar interações sociais, tanto no trabalho quanto na vida pessoal.
Procrastinação e ineficiência no trabalho: Incapacidade de se concentrar e cumprir prazos.
Uso de substâncias: Aumento do consumo de álcool, drogas ou medicamentos.
Mudanças de humor: Irritabilidade, impaciência ou explosões de raiva.
Absentismo: Faltar ao trabalho frequentemente ou chegar tarde.
A presença de alguns desses sintomas não significa necessariamente que uma pessoa está sofrendo de Burnout. No entanto, se vários desses sintomas estão presentes e persistem ao longo do tempo, é aconselhável procurar ajuda profissional para avaliação e orientação adequadas.
Quais são os perfis de colaboradores mais propensos a ter síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout pode afetar qualquer pessoa em qualquer profissão, mas certos perfis de colaboradores podem ser mais propensos a desenvolvê-la devido a características individuais e condições de trabalho específicas. Confira quais são:
Perfeccionistas
Indivíduos que têm altos padrões pessoais e se esforçam para um desempenho perfeito muitas vezes colocam pressão excessiva sobre si mesmos, o que pode levar ao esgotamento.
Alto senso de responsabilidade
Colaboradores que se sentem indispensáveis no trabalho ou que têm dificuldade em delegar tarefas podem acabar assumindo mais responsabilidades do que conseguem gerenciar.
Pessoas que trabalham em ambientes de alta pressão
Profissionais em campos como saúde, direito, finanças, e tecnologia, onde as demandas são altas e os prazos são apertados, estão em maior risco.
Trabalhadores de ‘Ajuda’ ou ‘Cuidado’
Profissionais como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, policiais e professores, que estão constantemente cuidando dos outros, podem negligenciar o autocuidado, levando ao burnout.
Pessoas com pouco suporte no trabalho
Colaboradores que não têm apoio suficiente de colegas ou supervisores podem se sentir isolados e sobrecarregados.
Pessoas que trabalham em ambientes tóxicos
Trabalhadores que estão constantemente expostos a ambientes de trabalho negativos, como bullying, discriminação ou falta de reconhecimento, estão mais propensos ao burnout.
Trabalhadores com pouco equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Aqueles que têm dificuldade em separar o trabalho da vida pessoal e passam a maior parte do tempo trabalhando podem desenvolver burnout.
Pessoas com dificuldades em dizer não
Indivíduos que têm dificuldade em estabelecer limites e dizer ‘não’ a tarefas adicionais podem se encontrar sobrecarregados com excesso de trabalho.
Profissionais em papéis que exigem constante conectividade
Pessoas em funções que exigem disponibilidade constante, especialmente em uma era de tecnologia e comunicação digital, podem ter dificuldade em desconectar-se do trabalho.
Síndrome de Burnout tem cura? Qual é o tratamento?
Sim, a Síndrome de Burnout pode ser tratada e superada. Embora não exista uma “cura” no sentido tradicional, como para algumas doenças físicas, a recuperação é possível por meio de uma combinação de mudanças no estilo de vida, suporte profissional e, em alguns casos, alterações no ambiente de trabalho:
- Procurar apoio profissional: terapia com um especialista de saúde mental, e, se necessário, tratamento medicamentoso.
- Reavaliar prioridades e limites: ajustar às demandas de trabalho e vida pessoal.
- Melhorar o equilíbrio pessoal e profissional: encontrar tempo para atividades prazerosas.
- Praticar autocuidado: manter rotina de exercícios, sono adequado e boa alimentação.
- Gerenciamento de estresse: utilizar técnicas como meditação e respiração profunda.
- Buscar apoio social: fortalecer conexões com colegas, amigos e familiares.
- Conexão social: estreitar laços com pessoas próximas, trocar experiências e sentimentos para alívio do estresse e suporte emocional.
- Mudanças profissionais: trabalhar com gestores para ajustar a carga de trabalho, melhorar a comunicação, definir metas realistas e obter apoio adequado como prevenção e tratamento do burnout.
O processo de recuperação pode variar de pessoa para pessoa, dependendo da gravidade dos sintomas, das circunstâncias individuais e do ambiente de trabalho. A recuperação exige tempo e paciência.
É importante que a pessoa afetada não se apresse em voltar às suas atividades normais sem abordar as causas subjacentes. Com o suporte e o tratamento correto, a maioria das pessoas pode se recuperar da Síndrome do Esgotamento Profissional e voltar a um estado de bem-estar e produtividade.
Como evitar a Síndrome de Burnout?
Nas organizações
Para prevenir a Síndrome de Burnout em uma empresa, é crucial reduzir o estresse e a pressão no ambiente de trabalho, o que é essencial para a saúde mental e o combate à exaustão crônica profissional.
Criar um ambiente de segurança psicológica é fundamental. Isso pode ser alcançado através de pesquisas regulares de clima organizacional para identificar áreas de insatisfação da equipe ou áreas para melhorias.
Além disso, oferecer benefícios de bem-estar aos colaboradores também é uma forma de combater o esgotamento profissional. Esses benefícios podem incluir terapia, programas de saúde mental, subsídio de medicamentos, entre outros.
Veja 13 ações para evitar a Síndrome de Burnout nas empresas:
- Encorajar a equipe a se envolver em atividades de lazer e a quebrar a rotina diária.
- Discutir abertamente sobre Burnout em reuniões, diminuindo o estigma e o medo de falar sobre o assunto.
- Trabalhar com as lideranças para promover a consciência sobre a importância da saúde mental.
- Avaliar e moderar os níveis de exigência entre as equipes para evitar sobrecarga e pressão excessivas.
- Desencorajar jornadas de trabalho prolongadas e exaustivas, sendo atento ao excesso de horas extras.
- Promover a participação em eventos e campanhas relacionadas aos meses coloridos, como o Janeiro Branco, focados na saúde mental.
- Resolver rapidamente quaisquer conflitos internos.
- Fornecer os equipamentos e materiais necessários para a realização das tarefas.
- Eliminar a crença de que relatar problemas de saúde mental pode levar a punições ou demissões.
- Disponibilizar conteúdos educativos sobre saúde mental, incluindo palestras e workshops.
- Incentivar a prática regular de exercícios físicos, que são fundamentais para a saúde mental e física.
- Considerar a inclusão de um psicólogo organizacional nas rotinas da empresa ou oferecer um plano de bem-estar corporativo que ofereça teleterapia.
Com a Vidalink, além do auxílio de medicamentos, é possível proporcionar acesso à teleterapia e uma variedade de conteúdos sobre saúde mental, assegurando que o bem-estar dos colaboradores seja uma prioridade contínua e integrada à cultura organizacional.
Além das conversas individuais com os colaboradores, uma abordagem mais ampla para lidar com a síndrome de burnout no local de trabalho envolve o treinamento dos gestores.
Colaboradores
Para evitar o burnout é preciso adotar estratégias tanto pessoais quanto relacionadas ao ambiente de trabalho.
Confira 8 ações que podem evitar a síndrome do Esgotamento Profissional:
- Tente estabelecer um horário fixo de trabalho, se possível, e evite fazer horas extras.
- Durante o expediente, faça breves pausas de cerca de 5 minutos para descansar e desligar um pouco, o que pode ajudar a refrescar a mente e aumentar a produtividade.
- Mantenha um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação balanceada e um sono de qualidade, além de praticar exercícios físicos. Alimente-se sem pressa e evite a falta de sono, que pode dificultar as tarefas diárias.
- Seja gentil consigo mesmo e entenda que nem sempre é possível fazer tudo.
- Desacelere quando sentir que está ficando sobrecarregado.
- Aprenda a dizer “não” quando necessário, estabelecendo limites saudáveis.
- Fora do trabalho, dedique tempo para atividades de lazer e relaxamento, seja sozinho ou com amigos e familiares, fazendo coisas que lhe proporcionem alegria e tranquilidade.
- Engaje-se nas iniciativas de ações que o RH promove e faça uso dos benefícios que a sua empresa oferece. Isso pode incluir participar de programas de saúde física e mental, utilizar serviços de teleterapia, ou aproveitar oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
“Meu colaborador está com síndrome de burnout, e agora?”
Ao descobrir que um colaborador está enfrentando a Síndrome de Burnout é necessário agir com sensibilidade e apoio, mostrando ao profissional que sua saúde e bem-estar são importantes para a empresa. Essa abordagem não apenas ajuda o indivíduo afetado, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
De acordo com Patrícia, um aspecto importante no manejo da síndrome de burnout no ambiente de trabalho é a habilidade de conduzir conversas efetivas com profissionais que demonstram sinais de exaustão:
“A condução de um acolhimento com conversas acolhedoras que possam ajudar os profissionais a expressar suas ansiedades e a gerenciar suas emoções ajudam a detectar ações efetivas de melhorias para o ambiente, além da própria reabilitação posterior deste profissional, que talvez venha a se ausentar para um afastamento terapêutico, e até ações organizacionais para uma possível troca de setor.”
Outras soluções
A carga de trabalho deve ser avaliada e ajustada, considerando a redistribuição de tarefas ou alteração de prazos para reduzir a pressão. É importante ser flexível com os horários e, se possível, oferecer a opção de trabalho remoto.
Encoraje-o a procurar ajuda profissional e a cuidar da sua saúde mental. Desenvolva um plano de ação personalizado, com metas realistas, para ajudar na recuperação do colaborador.
Promover um ambiente de trabalho saudável também é fundamental. Inclua pausas regulares e atividades de bem-estar e mantenha check-ins regulares para monitorar o progresso e o bem-estar do colaborador, estando aberto a ajustes conforme necessário.
Além disso, é importante educar e envolver a equipe, promovendo a conscientização sobre saúde mental e a Síndrome de Burnout, incentivando uma cultura de apoio e compreensão. Implementar estratégias de prevenção no local de trabalho, como avaliações regulares de bem-estar e treinamentos sobre gerenciamento de estresse, também auxilia no processo.
A importância de investir em programas de promoção de saúde mental no local de trabalho
Investir em programas de promoção da saúde mental no local de trabalho é fundamental não apenas para o bem-estar individual dos colaboradores, mas também para o sucesso e a sustentabilidade da organização como um todo. Quando uma empresa se compromete com a saúde mental de sua equipe, ela está fazendo mais do que apenas fornecer suporte, está construindo uma cultura de cuidado e valorização.
“Uma empresa que investe na saúde mental do seu colaborador passa a mensagem que “cuida de quem cuida da empresa”, isto reflete valorização e reconhecimento da importância das pessoas, trazendo a retenção, o senso de propósito e lealdade a organização e consequentemente diminuição do turnover.
É óbvio que pessoas saudáveis se ausentam menos, o que evita afetar as rubricas de sobrecarga de trabalho e horas extras para os que estão presentes”, enfatiza Patrícia.
Por fim, a especialista acrescenta que esse investimento vai além do mero cuidado com os colaboradores. É também uma estratégia para desenvolver lideranças mais eficazes e equipes com habilidades diversas: “Investir em saúde mental é formar lideranças mais capacitadas que desenvolvem múltiplas competências na equipe com autonomia de resolução de problemas complexos, driblando as incertezas, imprevisibilidade e a não linearidade do mundo atual.“
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