Realizado pela Vidalink, o Bem-Estar em Pauta 2023 reuniu mais de 40 lideranças de RH de grandes empresas para uma manhã de inovação na gestão de bem-estar. O evento foi projetado para líderes que desejam estar à frente das tendências em bem-estar corporativo e oferecer aos colaboradores experiências significativas.
O destaque do Bem-Estar em Pauta 2023 foi a divulgação dos resultados do Check-up de Bem-Estar, um estudo conduzido pela Vidalink com 8.900 pessoas. Esse levantamento abordou aspectos essenciais da rotina de bem-estar dos colaboradores, incluindo qualidade do sono, alimentação, atividades físicas e saúde mental.
Mais do que apenas apresentar dados, o Bem-Estar em Pauta 2023 proporcionou aos participantes uma imersão nos cinco pilares de bem-estar da Vidalink.
- Mind: Os participantes relaxaram em um ambiente aromatizado projetado para aliviar o estresse, enfatizando a importância de uma mente tranquila no dia a dia.
- Nutri: O evento ofereceu um coffee break saudável e sem glúten, ressaltando a conexão entre nutrição e bem-estar.
- Up: A oportunidade de construir relacionamentos e expandir redes de contatos, promovendo uma comunidade de apoio no ambiente de trabalho.
- Med: Shots de sucos anti-inflamatórios demonstraram o papel vital da saúde na rotina diária.
- Fit: Cada participante recebeu um mimo que os acompanhará em suas rotinas de exercícios físicos, incentivando a prática regular.
Além disso, o Bem-Estar em Pauta 2023 também contou com a presença de especialistas renomados, que trouxeram insights e análises valiosas para os participantes. Além do CEO e Co-Founder da Vidalink, Luis Gonzalez, também estiveram presentes Katia Regina, Diretora Total Rewards da Nestlé Brasil; Marina Ribeiro, Health and Wellbeing Senior Manager Latam da Mars; e Vanessa Assalim, Médica especialista em Saúde Populacional.
Check-up de Bem-Estar: desafios e oportunidades
A pesquisa Check-up de Bem-Estar ouviu 8.900 colaboradores de 217 empresas no Brasil entre os meses de janeiro e junho de 2023. De acordo com os dados, a maioria dos profissionais sente ansiedade ou angústia na maior parte do tempo, não estão satisfeitos com a frequência da prática de exercícios físicos e nem seguem uma dieta alimentar especial.
“Um dos principais quesitos pesquisados no estudo foi em relação à rotina das pessoas e aos sentimentos que elas usam para classificá-la. Essa pergunta era fundamental, pois, por meio dela, conseguimos conciliar a percepção geral dos demais pontos pesquisados em relação aos hábitos de cuidado com atividade física, alimentação, sono e saúde mental. O que mais chama atenção ao analisar os dados é como o gênero do respondente é um fator-chave e determinante para muitos dos pontos avaliados e como ele acaba por influenciar diretamente o resultado geral também. 38% dos homens afirmam ter sentimentos positivos em relação a sua rotina. Para as mulheres, temos 22%. Uma diferença de 16p.p. é muito significativa. Somente 17% das mulheres dizem se sentir tranquilas, enquanto para os homens temos 30% afirmando se sentirem tranquilos”, declara Luis Gonzalez.
Confira algumas das principais descobertas do estudo:
Saúde mental
O Brasil possui o 3º pior índice de saúde mental do mundo, segundo relatório global anual Estado Mental do Mundo 2022. Ainda assim, os resultados apontam uma negligência nesse pilar. A maioria (63,1%) dos profissionais sente ansiedade ou angústia na maior parte dos dias, sendo que 29% não fazem nada para cuidar da sua saúde mental. Das pessoas que cuidam, 33% afirmam que fazem exercícios físicos, com destaque para os homens que chegam a quase 38% praticando atividades físicas como cuidado (+8p.p. em relação às mulheres).
Por outro lado, as mulheres estão mais propensas a fazer terapia, já que duas vezes mais mulheres afirmam usar o recurso como forma principal de cuidarem de sua saúde mental em relação aos homens (17,3% das mulheres versus 8,8% dos homens).
Saúde física
No geral, 52% das pessoas dizem ter um nível médio de saúde física. Quando comparamos os resultados entre as pessoas que se sentem muito satisfeitas ou satisfeitas comparadas com as que se sentem insatisfeitas ou muito insatisfeitas, temos um número maior de pessoas com percepções positivas, chegando a 32% no grupo dos satisfeitos e 16% nos insatisfeitos.
“No entanto, vale destacar que o gap entre esses grupos é diferente se compararmos por gênero: 25% das mulheres responderam que estão satisfeitas e 20% que estão insatisfeitas. Ao avaliar as respostas dos homens, temos 40% satisfeitos (+15p.p. em relação às mulheres) e somente 12% insatisfeitos (-8p.p. em relação às mulheres). Um fator a ser considerado é o maior nível de exigência do público feminino nos cuidados com a saúde física”, explica Luis.
Exercícios físicos
Somente 24% das pessoas estão satisfeitas com a frequência com que praticam exercícios físicos. 36% afirmam que precisam mudar seus hábitos, enquanto 16% afirmaram não estarem nem um pouco satisfeitas. Somando as respostas com sentimentos negativos vemos uma concentração maior de mulheres insatisfeitas (57%) em relação aos homens (47%).
“Novamente se destaca a maior exigência das mulheres em se cuidar mais, comparado aos homens, embora ainda se perceba dificuldades para mudar os hábitos”, relata o executivo.
Sono
No longo prazo, a má qualidade do sono pode ter efeitos de maior alcance na saúde geral. No geral, 44% classificam sua qualidade de sono como média, 31% como boa ou muito boa e 25% como baixa ou muito baixa.
“Neste quesito, não tivemos diferenças significativas entre gêneros, mas é um ponto de atenção para garantir a produtividade no ambiente de trabalho”, diz o CEO.
Alimentação
60% do público não segue nenhuma dieta especial. “Esse é um número alto quando consideramos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma dieta saudável como forma de prevenir a má nutrição e as doenças não contagiosas, como diabetes, câncer e problemas do coração”, explica Gonzalez.
Metade dos respondentes informa que sua qualidade de alimentação pode melhorar. A satisfação parte principalmente dos homens, totalizando 33%, enquanto apenas 23% das mulheres estão satisfeitas com sua alimentação.
“Podemos ver que em todos os pontos pesquisados as pessoas tendem a se avaliarem na média, mas cerca de um quarto das pessoas têm uma percepção negativa em relação aos seus hábitos. Tudo isso impacta também no indivíduo como profissional, em quesitos de produtividade e engajamento. No que diz respeito ao bem-estar corporativo, sabemos que um grande desafio histórico dos profissionais de RH é conseguir aprovar e priorizar novos investimentos que foquem no que realmente fará a diferença para as pessoas no dia a dia, sem cair em soluções superficiais”, finaliza Luis González.
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