Com a chegada de um novo ano, é normal (e esperado) que muita gente faça planos e trace metas. O mesmo acontece com as empresas, especialmente as que visam crescer ainda mais nos meses que estão por vir. Uma forma de conseguir isso é por meio de um bom planejamento estratégico de RH. Mas será que existe uma maneira certa de fazê-lo? O que não pode ficar de fora? Quais as vantagens dessa estratégia? Continue a leitura e descubra as respostas!
O que é o planejamento estratégico de RH?
Planejamento estratégico de RH é um processo que visa identificar problemas e encontrar soluções para resolvê-los, identificando caminhos que ajudem a melhorar a gestão de pessoas e a proporcionar (por que não?) o bem-estar dos colaboradores.
Para Lupércio Aparecido Rizzo, coordenador do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário Senac, “é o ato de pensar em metas, objetivos. É o momento de traçar estratégias, ponderando as dificuldades, e de encontrar caminhos mais assertivos, visando também a motivação das pessoas e a alocação de recursos para obtenção de sucesso.”
Como fazer um bom planejamento estratégico de RH?
É difícil alcançar algo sem planejamento, isso vale tanto para a vida pessoal quanto para a profissional. Por isso, as empresas precisam, de tempos em tempos, elaborar e rever seus planos e propostas.
Para que o planejamento estratégico de RH tenha sucesso ao longo do ano, é preciso que ele esteja alinhado com os propósitos, objetivos e necessidades da empresa.
Segundo Rizzo, também é essencial considerar as incertezas políticas e econômicas do país, assim como não esquecer a importância de se investir no capital intelectual – ponto decisivo para que a estratégia dê certo. “As empresas que investirem na diversidade criativa terão maiores chances de sucesso”, ressalta.
Além desses pontos, confira, a seguir, outros que não podem faltar em um planejamento estratégico de RH bem feito.
Identifique os objetivos da empresa
Se o objetivo da empresa é crescer ao longo do ano que está por vir, ela vai precisar, certamente, de profissionais para isso. E cabe ao RH elaborar o seu planejamento com base em informações desse tipo. Somente dessa maneira, será possível mapear ações, seja para atração de novos talentos, seja para trazer mais qualidade de vida e bem-estar à equipe que já compõe o quadro de funcionários.
Alinhe a parte financeira
Para que as propostas do planejamento estratégico de RH saiam do papel e atendam às necessidades da empresa, muitas vezes, é preciso investir capital. Por isso, o departamento de Recursos Humanos também precisa estar alinhado com o financeiro.
Quando não há essa comunicação, muitos planos podem não ser executados, frustrando os profissionais envolvidos no projeto, os colaboradores que participariam dele e os demais setores.
Converse com os demais setores
Mas não somente o departamento financeiro deve ser incluído no planejamento estratégico de RH, os demais setores da organização também.
Isso é essencial não só para identificar as necessidades de cada um, mas também para apresentar as propostas da equipe de Recursos Humanos e engajar os gestores para que elas deem certo.
Considere a situação do próprio RH
Você já deve ter ouvido, com certeza, o ditado “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. Isso pode acontecer se o planejamento estratégico de RH não contemplar o próprio RH.
Não é incomum focar nos outros departamentos e se deixar de fora. Quando isso acontece, a mesma desmotivação que atinge os demais colaboradores pode atingir também a equipe de Recursos Humanos.
Considerando que toda a estratégia saí desse setor, nada mais justo e correto do que incluí-lo.
Trace metas
Nem todas as partes do planejamento estratégico de RH poderão ser colocadas em prática ao mesmo tempo. Por isso, é indicado que o plano seja dividido em metas de curto, médio e longo prazo.
A ordem de prioridade deve estar de acordo com as necessidades da empresa e dos colaboradores, mas também com a possibilidade financeira – esta última especialmente para não correr o risco de iniciar um projeto e parar precocemente por falta de verba.
O que não deve ser feito em um planejamento
Mas se de um lado temos o que fazer em um planejamento estratégico de RH, de outro há o que não deve ser feito.
“Considerar que as metas estabelecidas pela gestão, ainda mais de forma impositiva, terão engajamento da equipe é um dos principais motivos que levam um planejamento estratégico de RH falhar. Também é importante considerar que, se a gestão não se perceber como parte dos problemas, nunca fará parte das soluções”, explica o coordenador do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário Senac.
Os indicadores gerenciais também são ferramentas importantes na hora de elaborar essa estratégia e, por isso, não podem ser deixados de lado. Com eles, é possível apurar números que pesam nas tomadas de decisões, como afastamentos médicos, acidentes de trabalho, turnover, etc., sendo essenciais na hora de elaborar ações para reverter quadros negativos.
Somado a isso, não é indicado ignorar novidades que podem proporcionar melhorias para os funcionários, tanto dentro quanto fora da empresa, como tendências, novas tecnologias, planos de bem-estar e outros.
Os benefícios de ter um planejamento estratégico de RH
Um planejamento estratégico de RH bem estruturado e executado gera inúmeros benefícios para a empresa. Rizzo cita alguns deles a seguir:
- Redução do absenteísmo e da rotatividade dos funcionários;
- Ganho de qualidade e de produtividade;
- Otimização de recursos financeiros;
- Melhoria do clima organizacional;
- Melhor posicionamento da marca.
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