Um dos desafios mais enfrentados pelos RHs das empresas que buscam atrair e reter talentos é entender os quatro pilares que sustentam o bem-estar do colaborador. Isto é, os principais fatores que contribuem para a sua felicidade dentro e fora do ambiente de trabalho. Estamos falando, especificamente, dos aspectos financeiro, físico, social e mental, comuns a todo ser humano.
Detalhamos cada um deles a seguir e listamos o que pode ser feito pelas organizações para ajudar a assegurá-los no dia a dia. Confira!
Como a empresa deve encarar o bem-estar do colaborador?
A partir da visão panorâmica sobre o que sustenta o bem-estar de uma pessoa, as empresas devem implementar ações que vão ao encontro de cada um dos pilares citados acima.
“Recomendo a implementação de um programa de qualidade de vida que envolva os quatro pilares e um cronograma anual de atividades com ações destinadas para cada um deles, visando a melhor jornada do colaborador”, destaca Claudia Santos, especialista em gestão de pessoas e diretora da consultoria Emovere You.
Além disso, é importante que as organizações tenham um “olhar clínico”, trabalhem com pesquisas aprofundadas e façam parcerias com consultores especializados na área. Tudo para amparar de maneira 360º o bem-estar do colaborador.
Quais os benefícios de se investir nos pilares do bem-estar?
Um plano bem delineado de bem-estar promove diversos benefícios para o colaborador e para a companhia como um todo. Dentre os principais, podemos destacar:
- Aumento do equilíbrio emocional dos colaboradores;
- Redução de custos (rescisórios e outros indiretos);
- Melhora do engajamento dos colaboradores;
- Melhora do clima organizacional;
- Prevenção de acidentes de trabalho;
- Aumento da produtividade;
- Diminuição do presenteísmo;
- Redução do absenteísmo;
- Diminuição do turnover.
Por dentro dos quatro pilares do bem-estar
Confira, a seguir, os quatro pilares que compõem o bem-estar do colaborador.
Pilar financeiro
Representa tudo o que está relacionado à parte econômica de um funcionário – desde o quanto ele recebe de salário até a maneira com a qual gere pessoalmente os seus recursos -, além de estar também intimamente ligado à sua saúde mental, uma vez que o aumento de dívidas pode provocar quadros de ansiedade, estresse e até mesmo de depressão.
Diante disso, o investimento em ações relacionadas à educação financeira do colaborador é uma iniciativa importante, conforme aponta Claudia Santos. De acordo com a especialista, vale a pena oferecer consultoria de planejamento orçamentário doméstico e programas de crédito consignado, por exemplo.
Pilar físico
Está relacionado a tudo que diz respeito ao bem-estar do colaborador do ponto de vista físico. Por isso, é importante avaliar se o profissional se sente fisicamente confortável no ambiente de trabalho, se não tem problemas de esforço repetitivo que podem afastá-lo de sua função, se pratica exercícios físicos, etc.
Vale reforçar que doenças físicas podem ser incapacitantes quando não tratadas devidamente, o que gera despesas extras e custos anuais onerosos para as empresas.
Para a especialista em gestão de pessoas e diretora da consultoria Emovere You, estimular a prática de atividades físicas ou da ginástica laboral é uma medida a ser considerada.
Pilar social
Este pilar está ligado às atividades que o colaborador desenvolve em sua vida profissional e pessoal. Proximidade com a família e os amigos, bom relacionamento com os colegas de trabalho e um bom convívio em sociedade sustentam este pilar.
Além disso, a forma como o funcionário enxerga a sua atuação na empresa e os impactados proporcionados pela sua atividade faz toda a diferença. Ao perceber que o seu trabalho é benéfico para as pessoas, o colaborador tende a se sentir feliz com o papel que desempenha.
De acordo com Claudia Santos, as empresas podem realizar diferentes ações nesse sentido, como abrir espaço para que os colaboradores possam sugerir o aperfeiçoamento de sua área ou da empresa como um todo, fazer meetings periódicos para aproximar as equipes e parcerias com ONGs ou outras entidades para trabalho voluntário.
Pilar mental
Está relacionado a tudo que preserva a saúde psíquica do colaborador, prevenindo-o de problemas como Síndrome de Burnout, ansiedade e depressão.
Este pilar abrange todos os outros, mas está relacionado, principalmente, ao ambiente de trabalho no qual o funcionário se encontra diariamente. Não à toa, estudos já comprovaram que colaboradores felizes são mais produtivos, por isso, investir em programas de saúde mental traz resultados muito positivos para a organização.
Dentre as práticas recomendadas pela especialista, estão palestras sobre saúde mental para redução do estigma e aumento da conscientização sobre o tema, subsídios em medicamentos para facilitar o tratamento e uma gestão de RH humanizada.
A empresa que compreende a importância de cada um dos pilares do bem-estar do colaborador se coloca como parceira do seu time, o que gera, além de alto engajamento, proximidade e confiança.
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