Com a volta gradual das atividades presenciais nos escritórios devido à flexibilização da quarentena em todo o Brasil, muitas empresas estão tendo que se adaptar ao “novo normal” imposto pela pandemia do novo coronavírus para garantir a retomada com total segurança.
De acordo com uma recente pesquisa realizada pela consultoria Robert Half com mais de 350 gestores de empresas de diversos setores, sendo 90% com participação direta ou com influência em processos de recrutamento na empresa em que atuam, a principal mudança causada pelo famoso “novo normal” será permitir que os colaboradores trabalhem de casa com mais frequência (opinião de 89% dos entrevistados).
O estudo aponta, ainda, que os gestores ouvidos entre os dias 11 de maio e 3 de junho de 2020 têm a intenção de realizar menos reuniões e treinamentos presenciais (73%), escalonar o horário de trabalho dos funcionários (59%) e alterar o layout do escritório (52%). Novos protocolos de limpeza (78%) e orientação para que os colaboradores usem máscaras (85%) também compõem o pacote de iniciativa preventivas adotado pelas companhias.
Já o principal desafio enfrentado com a pandemia, especialmente para os líderes dos times, é a motivação das equipes, eleita por 61% dos 387 profissionais ouvidos pela 12ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) – que contempla o sentimento de profissionais empregados, desempregados e responsáveis pelo recrutamento dentro das empresas em relação à situação atual do mercado de trabalho e da economia. Para os ouvidos no ICRH, a capacidade de manter os times motivados supera a falta de proximidade física (29%), o controle (24%), a qualidade das entregas (26%) e o cumprimento da carga horária correta (19%).
E os colaboradores, como eles encaram o “novo normal”?
Além da opinião dos gestores das empresas, a pesquisa da Robert Half também aponta dados interessantes relacionados à percepção dos colaboradores ao “novo normal”. Do ponto de vista dos profissionais, como resultado da pandemia, eles pretendem repensar as seguintes atitudes nos próximos seis meses:
- Agendar reuniões pessoalmente quando uma vídeo chamada ou e-mail seria suficiente (76,70%)
- Aperto de mãos em contatos comerciais (64,03%)
- Participar de eventos de negócios pessoalmente (61,76%)
- Viajar a negócios (52,26%)
Já em relação ao local de trabalho, os profissionais indicaram as seguintes necessidades:
- Permitir que os funcionários trabalhem em casa com mais frequência (91,18%)
- Realizar menos reuniões e treinamentos pessoalmente (72,17%)
- Alterar o layout do escritório (mesas/estações de trabalho (51,13%)
- Ter melhores protocolos de limpeza (69,23%)
Os profissionais também foram perguntados se concordam ou discordam das frases abaixo:
- “Eu gostaria de trabalhar remotamente com mais frequência do que antes da pandemia” (85,75% concordam)
- “Vou marcar menos reuniões pessoalmente” (82,81% concordam)
- “Estarei mais preparado para apoiar/cobrir colegas de trabalho que precisam estar fora do escritório” (78.73% concordam)
Qual a percepção de empresários e funcionários a respeito do home office?
De acordo com pesquisa da Robert Half, 90% dos executivos devem encorajar a equipe a trabalhar remotamente com mais frequência do que antes da pandemia. Por outro lado, 90% dos profissionais também consideram provável querer trabalhar mais de casa após o término da pandemia.
“Observamos uma quebra de paradigma a respeito do home office. As empresas que não ofereciam essa modalidade e se viram forçadas a migrar as equipes para o trabalho remoto devem passar a adotá-lo com maior frequência, enquanto aquelas empresas que já tinham o home office como benefício, muito provavelmente, devem ampliar essa possibilidade”, analisa Mariana.
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