Garantir todo o apoio ao colaborador durante a pandemia do novo coronavírus tornou-se algo ainda mais importante para as empresas não só para mantê-los saudáveis física e mentalmente, mas também para estimular a sua produtividade. Afinal, o cenário não é favorável.
A incidência maior de casos desse tipo pode ser justificada, é claro, pelo medo de contrair a COVID-19, mas também pelo receio de ser demitido por conta da crise financeira, pela preocupação de se adaptar a um novo regime de trabalho, entre diversas outras questões. O fato é que, independentemente do motivo, o apoio ao colaborador neste período é essencial. Felizmente, muitas empresas já perceberam isso, lançando mão de ações importantes de bem-estar desde o início da pandemia.
Para Isabela Cavalheiro, fundadora e diretora do Grupo Trhoca, a primeira postura que as organizações devem tomar para oferecer apoio ao colaborador é compreender que estamos em uma situação única e atípica a todos. “É fundamental que a empresa, culturalmente, esteja consciente do momento delicado pelo qual estamos passando. Por isso, a comunicação é tão importante, especialmente com os profissionais que estão em home office. Para esses, inclusive, muitas vezes, é novidade trabalhar de casa e conciliar isso com outras tarefas. Dessa forma, a preocupação com o bem-estar dos profissionais é fundamental para que eles se sintam importantes. Muitos estão com medo da demissão (a própria ou a do (a) parceiro (a)), ou não possuem um local adequado dentro de casa para o desenvolvimento de suas atividades. E como tudo aconteceu de maneira muito rápida, é fundamental que o RH oriente os gestores quanto à liderança de suas equipes, passando confiança aos liderados”, afirma.
Aumento da produtividade é um dos benefícios alcançados com o apoio ao colaborador
Como dissemos, um dos principais benefícios relacionados ao apoio dado ao colaborador, especialmente agora durante a pandemia, é o aumento da sua produtividade. Afinal, segundo uma pesquisa feita pelo professor de economia da Universidade de Warwick, Andrew Oswald, funcionários felizes são 12% mais produtivos do que os insatisfeitos. Portanto, a promoção de bem-estar como forma de apoio ao colaborador está diretamente relacionada ao aumento da produtividade individual, que pode refletir também nos demais membros da equipe.
Além disso, cuidar da saúde e do bem-estar dos colaboradores pode reduzir custos, pois ajuda a diminuir o absenteísmo, os gastos com afastamentos médicos e o turnover.
Ações que podem ser tomadas como forma de apoio ao colaborador
Diversas organizações estão adotando medidas que vão além das orientações sobre como evitar um possível contágio pelo novo coronavírus ou de oferecer ferramentas e soluções que levem a isso, como máscaras e álcool em gel.
Um levantamento realizado pelo PageGroup, consultoria em recrutamento executivo especializado, mostrou uma significativa mudança no pacote de benefícios oferecidos pelas empresas, especialmente para quem está atuando em home office.
Veja alguns exemplos de mudanças:
- Troca do auxílio-transporte por auxílio na conta de luz, internet e/ou telefone;
- Substituição do vale-refeição pelo vale-alimentação;
- Oferta de mobiliário adequado para manter os cuidados com a ergonomia;
- Disponibilização de cursos on-line, tanto profissionalizantes quanto de idiomas;
- Suporte psicológico on-line realizado por profissionais.
Somada a essas trocas, ações que visam o bem-estar físico e, consequentemente, o mental, também estão cada dia mais sendo realizadas, tais como:
- Aulas de meditação, yoga e outros exercícios físicos on-line;
- Orientação nutricional feita por especialistas;
- Happy hours digitais para promover a interação e o engajamento;
- Uso de ferramentas que colocam o RH mais próximo para responder dúvidas e orientações, como sites, chats, lives, etc.;
- Planos que garantem a compra de medicamentos com desconto;
- Vídeos de agradecimento pelo empenho e colaboração dos profissionais;
- Telemedicina;
- Oferta de equipamentos de tecnologia, como notebooks e computadores.
“O RH pode incentivar campanhas de saúde mental, realizando parcerias com clínicas de psicologia para atendimentos on-line. A realização de palestras e treinamentos voltados para gestão do tempo e produtividade também é extremamente bem-vinda”, reforça a especialista.
A Vida – wellbot (robô virtual) de bem-estar da Vidalink – como apoio ao colaborador
A Vida é o wellbot (robô virtual) de bem-estar da Vidalink criado para promover a mudança de hábitos e o fortalecimento emocional dos profissionais dentro e fora do ambiente de trabalho, por meio de trilhas de conteúdo criadas com exclusividade por especialistas em desenvolvimento comportamental (médicos, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos e coaches).
Justamente por isso, ela consegue falar sobre saúde mental com o usuário driblando o estigma tradicional que envolve quadros de ansiedade e depressão e identificando antecipadamente comportamentos que indicam problemas relacionados à saúde emocional. Ela também dá suporte às pessoas com quadros diagnosticados com informações sobre possíveis efeitos colaterais, terapias complementares, riscos do abandono do tratamento, lembretes de recompra dos medicamentos, entre outras ações.
Além disso, a Vida consegue atuar em prol do desenvolvimento profissional dos colaboradores com treinamentos que visam estimular a sua autoconfiança para que eles atinjam picos de performance no trabalho, administrem bem o tempo e conquistem seus objetivos. Confira os detalhes no vídeo https://bit.ly/3bOhhqi.
Qual será o reflexo desse apoio ao colaborador em um cenário pós-pandemia?
Isabela Cavalheiro destaca que muitos trabalhadores têm tido experiências positivas com suas empresas no que diz respeito à confiança depositada em seus serviços a distância, bem como à maleabilidade com situações não convencionais, como a interrupção de filhos durante reuniões.
“Essas posturas aumentam o sentimento de pertencimento e motiva bastante, o que é outro resultado positivo de dar apoio ao colaborador. Mais um ponto muito relevante vem da experiência do profissional. Pensando que muitos usam as redes sociais para manifestar seu contentamento com a empresa, isso acaba gerando um marketing positivo para a marca. Somado a tudo isso, em médio prazo, os líderes se sentirão mais seguros sem ter os colaboradores ‘debaixo de suas asas’, e esses passarão a ter mais autonomia. Equipes que têm a confiança de seus líderes tendem a apresentar resultados melhores e a serem mais produtivas.”
Ou seja, a relação entre líderes e liderados tende a ser, daqui para a frente, mais pautada pela confiança. “Tomar decisões e ter iniciativa são alguns exemplos de atitudes que, neste momento, se fizeram mais necessárias. A resiliência e a flexibilidade também se tornaram competências que estão sendo forçadamente desenvolvidas. Penso que empresas que se preocupam com o lado humano terão muito a ganhar com isso no futuro. Por outro lado, as que mantêm um clima de desconfiança, pressão, exigências e falta de comunicação terão um time desmotivado e pouco produtivo que, provavelmente, começará a buscar outro emprego”, finaliza a especialista.
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