O ser humano está buscando realizações constantemente, seja na vida pessoal ou na vida profissional. Mas no que diz respeito à carreira, as empresas podem ajudar cada colaborador a conquistar seus objetivos por meio da junção da Pirâmide de Maslow e dos benefícios corporativos.
Caso você ainda não conheça esse conceito, saiba que ele vem sendo cada vez mais aplicado no meio empresarial e se tornado uma excelente forma de satisfazer as necessidades dos funcionários, além de favorecer, consequentemente, o crescimento das organizações.
Mas o que é a Pirâmide de Maslow?
Desenvolvida pelo psicólogo americano Abraham Harold Maslow, a Pirâmide de Maslow (ou Hierarquia das Necessidades de Maslow) é um conceito que defende a ideia de que todo indivíduo possui necessidades que precisam ser atendidas para que seja possível a sua satisfação máxima, seja do ponto de vista pessoal ou profissional. Também por isso, a Pirâmide de Maslow e os benefícios corporativos passaram a ser relacionados.
Para ficar mais clara essa teoria, confira, abaixo, os tipos de necessidades apontadas por Maslow:
Necessidades fisiológicas (base)
A Pirâmide de Maslow é dividida em cinco níveis hierárquicos, o primeiro diz respeito às necessidades fisiológicas, tais como sede, fome, sono, excreção e sexo. Segundo o psicólogo criador do conceito, é praticamente impossível uma pessoa chegar às etapas seguintes se não estiver se sentindo bem física e mentalmente.
Necessidades de segurança (segundo nível)
No segundo nível, destaca-se a necessidade de segurança do indivíduo em diferentes aspectos, como a certeza de se sentir seguro em casa e/ou no trabalho, caso ocorra algum problema de saúde, por exemplo.
Necessidades sociais (terceiro nível)
Aqui, Maslow ressalta a vontade de o indivíduo de se sentir aceito e parte de um ou de mais grupos, que podem ser compostos por membros da família, amigos ou por colegas de trabalho, assim como a sua necessidade de ter um parceiro ou parceira sexual.
Necessidades de autoestima (quarto nível)
Neste nível, entramos na necessidade de cada indivíduo de ser reconhecido pelo o que é. Ou seja, de ter sua postura, personalidade e atitudes reconhecidas e respeitadas pelas pessoas com as quais convive.
Necessidades de realização pessoal (topo)
No topo da Pirâmide de Maslow, temos a autorrealização. Quando chegamos nesta fase, todas as outras necessidades foram supridas, abrindo espaço para um momento de total realização, em que existe o controle das ações, assim como independência, capacidade e possibilidade de fazer aquilo que se gosta.
Particularidades da Pirâmide de Maslow
Mesmo com cada nível bem definido, é importante reforçar que a Pirâmide de Maslow conta com algumas particularidades, tais como:
- Por ser natural de todos os seres humanos, a base da pirâmide (necessidades fisiológicas) é a mais fácil de ser saciada;
- Já as necessidades voltadas para a realização pessoal, nunca são sanadas completamente, pois sempre que um objetivo é alcançado, procura-se outro para ser atingido;
- Somente é possível passar para o próximo nível da pirâmide depois que as necessidades da etapa anterior forem saciadas, mesmo que em partes ou temporariamente;
- Ao conquistar itens de um grupo de necessidades, é natural que a pessoa se sinta motivada para alcançar novos objetivos;
- Por outro lado, necessidades não satisfeitas podem gerar frustrações, medos, inseguranças, angústias, comportamentos negativos, entre outras emoções.
Relação entre Pirâmide de Maslow e benefícios corporativos
Sabendo a definição de cada nível e de suas particularidades, fica mais fácil entender por que a Pirâmide de Maslow e os benefícios corporativos passaram a caminhar juntos.
“Quando consideramos que a motivação e a realização profissional dos colaboradores garantem maior produtividade e eficiência no trabalho, podemos concluir que um programa de benefícios atrativos é interessante para as organizações manterem o nível de entusiasmo de seus funcionários”, analisa Ana Paula Fritsch do Nascimento, tutora do curso Técnico em Recursos Humanos do Senac EAD
Mas como atrelar a Pirâmide de Maslow e os benefícios corporativos à realidade da sua empresa? “É interessante que as organizações pensem em pacotes de benefícios visando atender às necessidades dos colaboradores de uma maneira geral. É importante olhar para todos os níveis da pirâmide, uma vez que se uma etapa está satisfeita, o indivíduo passará a se interessar pela próxima”, explica Ana Paula.
Considerando isso, confira, abaixo, algumas sugestões e possibilidades:
Base: necessidades fisiológicas
Levando para o mundo corporativo, a base da Pirâmide de Maslow e os benefícios corporativos podem ser relacionados com a importância de se respeitar o tempo de cada colaborador e suas vontades, especialmente quando elas estão ligadas a questões de saúde e bem-estar.
Permitir intervalos entre uma tarefa e outra, por exemplo, é uma maneira de garantir que os funcionários atendam às suas vontades e respeitem os limites do corpo, evitando, principalmente, doenças relacionadas ao trabalho, como LER (Lesões por Esforços Repetitivos), DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) ou até mesmo a Síndrome de Burnout.
Além disso, horários flexíveis e garantia de descanso físico e mental são outros pontos que ajudam os colaboradores a subirem para o próximo nível – nesse sentido, salas de descompressão e apoio de profissionais de saúde são excelentes benefícios corporativos que podem ser oferecidos.
Segundo nível: necessidade de segurança
A segurança no ambiente corporativo consiste em oferecer aos colaboradores locais e condições de trabalho adequados para a execução de suas tarefas. Isso não apenas evita acidentes, como também otimiza a realização das atividades, contribuindo fortemente com a produtividade.
Somado a isso, segurança no trabalho também está relacionada à garantia de recebimento de um salário justo e em dia, que permita ao funcionário manter os compromissos pessoais e o sustento de sua família.
Terceiro nível: necessidades sociais
Ambiente de trabalho saudável, com incentivo para criação de boas relações interpessoais, é fundamental nessa etapa.
Aqui, a Pirâmide de Maslow e os benefícios corporativos se relacionam quando a empresa abre espaço para o diálogo, estimula o apoio entre as equipes e estabelece uma comunicação interna clara, sem ruídos.
A vida social do profissional fora da empresa é outro ponto que também merece atenção. Lembrando que a família é seu primeiro grupo de convivência, as empresas também podem oferecer soluções de saúde e bem-estar que contemplem os familiares dos colaboradores.
Quarto nível: necessidades de autoestima
Além de feedbacks sinceros e respeitosos, reconhecer publicamente o comprometimento e o empenho dos funcionários, há vários benefícios corporativos que podem ser incluídos nesse nível.
Ana Paula sugere programas de reconhecimento e de valorização do trabalho. Além disso, aumento salarial, bônus, prêmios e vales para serem usados fora do local de trabalho, como os culturais, são outras boas opções.
Topo: necessidades de realização pessoal
Chegar ao topo significa que não apenas o colaborador alcançou o nível mais alto de satisfação, mas a empresa também.
“Essa etapa trata das influências nas decisões e de ter autonomia no trabalho. Logo, conseguir liberdade em suas decisões e/ou ter a possibilidade de participar de determinações importantes na empresa podem ser exemplos que contemplem a etapa das realizações pessoais dos colaboradores”, afirma a especialista.
Uma boa maneira para prepará-los para esse momento é oferecendo, por exemplo, cursos ou bolsas de estudo para que se sintam ainda mais aptos e confiantes.
Postar um comentário