Você já ouviu falar em “salário emocional”? Sabia que essa forma de “remuneração” pode contribuir – e muito – para o bem-estar e o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores? Pois é…
Definido como um conjunto de ações e benefícios não financeiros que agregam fatores emocionais e motivacionais à vida dos trabalhadores, o chamado “salário emocional” parte do princípio de que não é apenas a recompensa financeira justa que faz um funcionário feliz e que contribui para que ele permaneça na empresa. Na verdade, o conceito destaca a importância de se ir além disso. Afinal, as organizações que o adotam passam a valorizar e estimular seus profissionais e a retê-los por mais tempo, aumentar seu engajamento e produtividade e por aí vai…
Mas no que consiste o “salário emocional” exatamente?
De acordo com Edna dos Santos, professora nos cursos de Administração e de Recursos Humanos da Faculdade Anhanguera Itaquera, “salário emocional” é “um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que as pessoas queiram permanecer em uma empresa.”
O recurso não é representado por uma quantia e, também por esse motivo, não é algo que pode ser registrado em carteira.
Quanto aos formatos de “salário emocional” que podem ser oferecidos por uma empresa, Edna destaca que, por ser algo subjetivo, essa forma de remuneração varia de acordo com cada ambiente ou tipo de profissional, o que leva a uma composição também diferenciada.
“São fatores básicos que deveriam existir em qualquer emprego saudável, tais como: oportunidades de desenvolvimento profissional e de progressão na carreira, reconhecimento do trabalho, motivação, ambiente de trabalho positivo e calmo, desafios saudáveis que demonstrem ao colaborador o seu valor; oferta de conteúdo enriquecedor relacionado à função desempenhada e garantia de que o profissional se sinta parte da organização onde trabalha.”
Por que oferecer “salário emocional” aos seus colaboradores?
Um dos principais motivos pelo qual o “salário emocional” deve ser oferecido pelas empresas é a promoção de uma melhor qualidade de vida. Esse cuidado, por sua vez, tem resultados positivos para a empresa, que podem ser vistos no aumento da produtividade, engajamento, melhoria na qualidade dos serviços entregues e na retenção de talentos.
“Isso também evita distúrbios emocionais ligados à saúde mental como depressão, ansiedade e Síndrome de Burnout. O ‘salário emocional’ existe, principalmente, para criar uma boa relação entre empresa e colaborador e ambos se ajudarem”, ressalta Edna.
Além disso, é preciso destacar que estamos em plena pandemia provocada pelo novo coronavírus, momento que torna o cuidado com a saúde do colaborador, de forma geral, ainda mais importante.
“Na pandemia, tivemos vários casos e estudos sobre o quão importante é a saúde mental e como isso está relacionado ao trabalho. Esse momento fez com que as empresas tivessem que se esforçar para continuar a oferecê-lo da forma que o funcionário precisou, seja em terapia, yoga on-line ou equilíbrio para lidar com a vida em casa além do trabalho. Acredito que, após a pandemia, as companhias estarão mais fortes e estruturadas para o ‘salário emocional’, porque já terão colhido os frutos do que estão fazendo agora”, analisa.
O que é preciso para começar a oferecer “salário emocional” para os colaboradores?
A especialista destaca que não há um passo a passo pré-determinado a ser seguido pelas empresas que querem oferecer “salário emocional” aos seus colaboradores. No entanto, é preciso seguir alguns princípios para iniciar essa oferta e fazer com que dê certo. São eles:
- Ter uma liderança engajada e instruída, que trabalhe para conduzir o processo de desenvolvimento de toda a equipe;
- Não fazer distinção entre cargos, posições e tarefas ao oferecer benefícios.
“É importante que todas as áreas da empresa estejam engajadas para que o funcionário se sinta abraçado por todos os lados. Também é importante que todos falem a mesma língua, a fim de aumentar a satisfação e o engajamento das equipes.”
Edna também orienta que é preciso esclarecer o propósito do “salário emocional” aos trabalhadores, a fim de que o conceito não seja utilizado de forma inadequada, o que poderia gerar efeito contrário ao esperado.
“É fundamental também que os benefícios oferecidos agreguem algum valor e contribuam para o desenvolvimento do colaborador. Esse tipo de ferramenta não pode se tornar apenas um título para atrair talentos, mas precisa ser uma estratégia vinculada a algo que faça sentido. Os profissionais devem ser realmente desenvolvidos e valorizados pela empresa”, reforça.
Para alcançar esses objetivos, a organização precisa conhecer o perfil dos seus colaboradores, isso ajuda a oferecer um “salário emocional” que realmente os ajude. Somado a todos esses pontos, é fundamental dar a eles espaço para que se sintam à vontade para falar o que esperam da empresa, sobre as suas ambições profissionais, assim como seus problemas pessoais.
Quais tipos de “salário emocional” podem ser oferecidos?
Como você pôde ver ao longo deste texto, o “salário emocional” é benéfico para todos os envolvidos.
“Um funcionário infeliz se torna improdutivo para a empresa e, se o ambiente de trabalho não for bom, mais de um colaborador pode se sentir assim, o que pode gerar resultados ruins para a companhia de modo geral. Além disso, a empresa minimiza ter que lidar com licenças médicas e todas as questões de saúde, bem como elimina ainda mais a evasão, aumentando a retenção de talentos na organização”, relembra a especialista.
Mas quais tipos de “salário emocional” a sua empresa pode oferecer? Dentre as possibilidades estão:
- Benefícios corporativos;
- Plano de carreira;
- Espaços de lazer, esporte e relaxamento;
- Cuidados profissionais com a saúde mental e emocional;
- Cursos, treinamentos e demais oportunidades de aprimoramento profissional e crescimento pessoal;
- Ferramentas e oportunidades para expressarem suas opiniões.
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