![síndrome de burnout, doença, lei, cid.](https://vidalink.com.br/wp-content/uploads/2025/01/Header-Blog-1-960x560.png)
Desde 1º de janeiro de 2025, o Brasil passou a adotar oficialmente a Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que inclui a Síndrome de Burnout como uma doença ocupacional, reconhecida pelo código QD85.
Essa atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS), que começou em 2022, traz mudanças significativas no diagnóstico e tratamento de trabalhadores que enfrentam o esgotamento físico e mental relacionado ao ambiente de trabalho.
A nova abordagem é um marco, não apenas para a saúde pública, mas também para o entendimento do impacto das condições de trabalho na vida profissional e pessoal dos colaboradores.
O que é a Síndrome de Burnout e quais são os sintomas?
O Burnout é uma condição caracterizada por esgotamento físico e mental, muitas vezes causado por exigências excessivas no trabalho e ambientes de alta pressão. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Esgotamento físico e mental: sensação de cansaço constante, mesmo após descanso.
- Alterações de humor: irritabilidade, apatia e sentimentos de fracasso.
- Insônia: dificuldade para iniciar ou manter uma rotina de sono.
- Dores musculares e de cabeça: tensão física que reflete o estado mental.
- Alterações nos batimentos cardíacos: sintomas que podem indicar estresse extremo.
Além de comprometer a produtividade e a saúde mental, o Burnout afeta também as relações pessoais, prejudicando a qualidade de vida do trabalhador.
O impacto da nova classificação da Síndrome de Burnout
Com a adoção do código QD85 no Brasil, a síndrome de Burnout passa a ser tratada com mais transparência e precisão. De acordo com o Dr. Ângelo, médico psiquiatra do Hospital Municipal de Diadema, a inclusão do código evita que a condição seja confundida com outras, como a depressão.
“Com a atualização, sintomas como esgotamento físico e mental, insônia e alterações de humor não serão mais confundidos com outras condições. Isso garante que os trabalhadores recebam o suporte adequado, tanto no tratamento quanto na prevenção”, explica.
A classificação permite que o diagnóstico seja mais claro e facilita o acesso ao tratamento. Além disso, a mudança incentiva as empresas a desenvolverem estratégias para prevenir a síndrome de Burnout, incluindo a criação de ambientes mais saudáveis.
“Como uma condição diretamente ligada ao ambiente de trabalho, o Burnout exige que as empresas repensem suas práticas e promovam um ambiente mais saudável e equilibrado. Negligenciar isso pode levar a responsabilidades legais e a impactos negativos na saúde de seus colaboradores”, alerta o psiquiatra.
Um processo de adaptação importante
A inclusão da síndrome de Burnout na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é um marco para a saúde ocupacional. Embora tenha entrado em vigor no Brasil apenas em 2025, o reconhecimento oficial da síndrome como uma doença ocupacional começou em janeiro de 2022, quando a CID-11 foi implementada globalmente.
A decisão de incluir o Burnout foi tomada em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde, refletindo a crescente preocupação com o impacto das condições de trabalho na saúde mental e física. Desde então, foi necessário um processo de tradução e validação da nova classificação pelo Ministério da Saúde, com o envolvimento de especialistas em saúde e trabalho.
Além do Burnout, a CID-11 inclui novas condições, como o transtorno causado por jogos eletrônicos e a resistência antimicrobiana, reforçando a necessidade de atenção às mudanças de comportamento e saúde no mundo moderno.
O que muda para trabalhadores e empresas?
A inclusão do Burnout como doença ocupacional amplia a responsabilidade das empresas em cuidar da saúde de seus colaboradores. Ambientes tóxicos, excesso de demandas e falta de suporte são agora reconhecidos como fatores que contribuem diretamente para a condição.
Para os trabalhadores, o diagnóstico claro pode abrir portas para tratamentos mais eficazes e para ações legais em casos de negligência por parte das organizações. Já as empresas precisam investir em:
- Políticas de bem-estar: criar programas que incentivem pausas, autocuidado e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
- Treinamento de lideranças: capacitar gestores para identificar sinais de Burnout e oferecer suporte.
- Ambientes saudáveis: reduzir demandas excessivas e promover uma cultura de acolhimento.
“Essa mudança é um divisor de águas na forma como entendemos a relação entre trabalho e saúde mental. Reconhecer o Burnout como uma doença ocupacional dá visibilidade ao problema e abre caminhos para soluções concretas”, conclui Dr. Ângelo.
Vidalink+ Cuidado Mental: uma solução para as empresas
Pensando no bem-estar dos colaboradores, a Vidalink lançou o Vidalink+ Cuidado Mental, uma solução que oferece suporte integral para a saúde mental nas organizações. Com foco na prevenção e no tratamento de condições como o Burnout, o benefício inclui:
- Acesso facilitado a psicoterapia e medicamentos essenciais.
- Conteúdo exclusivo sobre saúde mental e autocuidado.
Ao adotar soluções como o Vidalink+ Cuidado Mental, as empresas podem transformar seus ambientes de trabalho em espaços mais saudáveis e acolhedores, reduzindo o impacto do Burnout e promovendo uma cultura de cuidado com as pessoas.
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