Alta produtividade, retenção de talentos e funcionários motivados. Todas essas vantagens estão ligadas à gestão de benefícios, que deve ser feita da melhor maneira possível pelas empresas que desejam colher resultados competitivos.
Hábitos e desejos de colaboradores mudam com o passar dos anos. Hoje, e cada vez mais, eles não desejam apenas o salário, mas sim um conjunto de benefícios corporativos que sustentem seu trabalho na empresa, por isso oferecer vantagens que superem as expectativas é fundamental.
Confira, a seguir, como fazer uma boa gestão de benefícios com dicas de um especialista no assunto:
Qual a importância de fazer a gestão de benefícios na empresa?
Para um colaborador, benefícios não significam só uma remuneração compatível com sua categoria no mercado. Mais do que esse fator que, evidentemente, tem a sua importância, o trabalhador deseja se sentir motivado e acolhido pela equipe, sempre com novos desafios que o façam superar suas metas e seus objetivos profissionais e pessoais.
Segundo Allan Fernando Lima Lopes, sócio proprietário da SOAR Desenvolvimento Humano e especialista em gestão de RH, a gestão de benefícios, portanto, tem o papel importante de oferecer constantemente recursos para que “para que colaboradores se sintam mais engajados, cuidados e motivados a se manter na empresa e com alta produtividade”, explica.
O profissional também ressalta que a gestão de benefícios é uma forma de promover um melhor estilo de vida. “É uma excelente oportunidade para a empresa comunicar comportamentos ou hábitos importantes que deseja promover na vida dos seus colaboradores. Por exemplo, a prática de atividades físicas, oferecendo incentivos em academias, assessorias de corrida e outras modalidades”, completa.
Quais são as vantagens de gerenciar benefícios na companhia?
Há inúmeras vantagens relacionadas à realização da gestão de benefícios nas empresas. São elas:
- Aumenta o engajamento e sentimento de pertencimento dos colaboradores;
- Alinha a visão, os valores e a missão da empresa aos seus colaboradores;
- Adéqua benefícios às necessidades reais dos funcionários;
- Dá maior flexibilidade de trabalho para o quadro interno;
- Garante mais facilidade para a contratação de talentos;
- Assegura mais vantagens competitivas à empresa;
- Posiciona a companhia à frente dos concorrentes;
- Melhora a qualidade de vida dos colaboradores;
- Garante maior produtividade dos colaboradores;
- Diminui o índice de turnover e o absenteísmo;
- Cria um ambiente de trabalho mais saudável;
- Melhora o nível de retenção;
- Reduz despesas.
Como fazer uma gestão de benefícios corporativos eficiente?
Fazer uma gestão eficiente exige assertividade em cada ação. Dessa forma, a empresa terá êxito em estabelecer um plano de benefícios corporativos direcionado e personalizado com seu público interno.
Lopes orienta, em seis passos, as melhores práticas que gestores e coordenadores de RH devem tomar para implantar um programa de gestão de benefícios de sucesso.
1. Avaliar a cultura da empresa e alinhá-la ao pacote de benefícios
Uma empresa deve oferecer não apenas benefícios que sejam interessantes aos seus colaboradores, mas que também estejam alinhados ao seu propósito enquanto companhia.
Missão, visão e valores devem ser submetidos dentro dos pacotes para que o colaborador tenha a percepção de que os benefícios têm valores genuínos. Isso evita passar a impressão errada ao funcionário de que a companhia só quer conquistá-lo com vantagens e obter lucro com seu trabalho.
2. Avaliar o plano de benefícios de empresas concorrentes, de mesmo segmento e porte
Gestores de RH devem “ir ao mercado” para conhecer quais benefícios os profissionais mais valorizam e apurar o que empresas de seu mesmo porte e segmento oferecem para “não abrir espaço para a concorrência”.
3. Realizar pesquisas junto aos colaboradores para entender suas expectativas e necessidades
Ter dados sobre o que cada colaborador deseja como benefício é estratégia perfeita para montar um plano consistente e assertivo.
Gestores e diretores de RH precisam receber feedbacks constantes sobre a empresa e conversar com colaboradores para entender de perto suas necessidades. Lopes sugere que “a pesquisa pode ser segmentada por faixa salarial, para oferecer pacotes de benefícios diferentes para cada grupo de colaboradores. ”
Os benefícios devem contemplar vantagens para o dia a dia do colaborador. Descontos em academias, planos de medicamentos, viagens, vale-compras e muitos outros entram no rol de benefícios que os colaboradores desejam hoje.
4. Fazer uma análise orçamentária de médio e longo prazos, antes de aderir pacotes de benefícios
O RH deve considerar um ponto muito importante na hora de montar o seu pacote de benefícios corporativos e contratar fornecedores: o orçamento.
Oferecer vantagens ao colaborador exige investimentos que precisam ser avaliados com atenção. Fazer duas ou três simulações de pacotes de benefícios a médio e longo prazos garantem uma projeção sólida de como a empresa será impactada em suas contas.
5. Definir uma política de benefícios e comunicá-la aos colaboradores periodicamente
Uma gestão de benefícios também deve ser alinhada à comunicação interna da empresa para que tudo seja transmitido de forma clara. O programa de benefícios deve ainda ser comunicado com periodicidade e ter atualizações, caso algum benefício seja trocado, etc.
Dessa forma, todos os colaboradores acompanham o programa com a mesma velocidade que a empresa traz as inovações e vantagens para o quadro interno.
6. Fazer pesquisas com colaboradores que identifiquem o grau de satisfação e ofereçam espaço para sugestões de benefícios
As pessoas mudam, portanto, hábitos, necessidades e desejos de colaboradores existentes em um momento diferem em outro. Por isso, é preciso estabelecer pesquisas e conversas frequentes entre a gestão de RH e os colaboradores, para que eles deem feedbacks sobre os benefícios.
Isso trará mais foco e assertividade à gestão de benefícios, além de melhorar a escolha de novos programas, dentro do perfil dos colaboradores.
Assim, se algum benefício tem mais adesão, deve receber mais investimentos, enquanto outro de baixa adesão deve ser trocado. Tudo depende de como os colaboradores aderem ao benefício e o que a empresa pode oferecer.
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