
Ter uma boa noite de sono deveria ser algo simples, mas para quem convive com a insônia, deitar e dormir vira um desafio constante. De acordo com dados da Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem com distúrbios do sono — e a insônia é o mais comum entre eles.
Dormir mal não afeta apenas o humor e a disposição. A privação de sono compromete o funcionamento do corpo, afeta o raciocínio, prejudica a saúde mental e pode desencadear ou agravar doenças físicas e emocionais. Por isso, entender o que é a insônia, suas causas e como lidar com ela é essencial para recuperar o bem-estar.
O que é insônia?
A insônia é um distúrbio do sono caracterizado por dificuldade persistente para adormecer, manter o sono ou acordar muito antes do desejado, mesmo quando o ambiente está apropriado para dormir. O problema vai além da quantidade de horas dormidas: trata-se de uma condição que impacta diretamente a qualidade do sono e, por consequência, a qualidade de vida.
Insônia é doença ou sintoma?
A insônia pode se manifestar de duas formas. Em muitos casos, ela é sintoma de algo maior, como ansiedade, estresse, depressão, uso de substâncias estimulantes ou alterações hormonais. Já em outros, ela se torna uma condição clínica por si só, classificada como insônia primária. Isso ocorre quando a pessoa desenvolve um padrão persistente de noites mal dormidas, sem uma causa aparente, o que exige atenção médica.
Sintomas da insônia
Os sintomas vão além da dificuldade de dormir. Quem sofre com insônia costuma relatar:
- Dificuldade para iniciar o sono mesmo sentindo cansaço;
- Despertares frequentes durante a noite ou muito cedo pela manhã;
- Sensação de sono leve e não reparador;
- Fadiga ao longo do dia;
- Dificuldade de concentração, memória prejudicada e irritabilidade;
- Queda no desempenho profissional ou acadêmico;
- Sintomas de ansiedade ou depressão, muitas vezes agravados pela privação do sono.
Esses sinais, quando constantes, indicam que algo precisa ser investigado com mais cuidado.
Quais são os tipos de insônia?
A insônia transitória é aquela que dura poucos dias, geralmente causada por um evento pontual — como uma viagem, um episódio de estresse ou uma noite mal dormida fora de casa.
Já a insônia aguda pode durar até algumas semanas, sendo comum em momentos de crise emocional, mudanças bruscas na rotina ou uso de certos medicamentos.
A forma mais séria é a insônia crônica, que ocorre pelo menos três vezes por semana e persiste por três meses ou mais. Nesse caso, a intervenção médica é recomendada, pois os efeitos sobre a saúde física e mental podem ser profundos e duradouros.
O que causa a insônia?
As causas da insônia são multifatoriais. Questões emocionais, comportamentais e fisiológicas costumam se sobrepor. Entre as principais estão:
- Estresse e ansiedade: preocupações excessivas, mente acelerada ou medo de não conseguir dormir aumentam a ativação cerebral e dificultam o relaxamento;
- Transtornos mentais: depressão, síndrome do pânico e outros quadros estão frequentemente associados à insônia;
- Maus hábitos de sono: uso de telas antes de dormir, horários irregulares, exposição à luz, consumo de cafeína ou álcool no fim do dia;
- Problemas hormonais: menopausa, TPM intensa, distúrbios da tireoide e outras alterações endócrinas podem desregular o sono;
- Condições médicas: dores crônicas, apneia do sono, refluxo, entre outras doenças, também impactam o descanso noturno.
Quando é hora de procurar um médico?
Nem toda noite mal dormida é motivo de alarme, mas é importante saber identificar quando a insônia deixa de ser um episódio pontual e se transforma em um quadro clínico. O ideal é buscar ajuda profissional quando:
- A dificuldade para dormir persiste por mais de três semanas;
- Os sintomas interferem na rotina e na produtividade;
- Há sinais de sofrimento emocional associados à falta de sono;
- Estratégias caseiras e mudanças de hábito não têm surtido efeito.
O médico (geralmente clínico geral, neurologista ou psiquiatra) pode investigar causas orgânicas, solicitar exames e indicar o tratamento adequado.
Como manter o sono regular no dia a dia
Cuidar da higiene do sono é o primeiro passo para lidar com a insônia. Isso significa adotar hábitos que favoreçam o relaxamento e a regularidade do descanso. Aqui vão algumas orientações baseadas em evidências científicas:
Estabeleça horários fixos para dormir e acordar, inclusive aos fins de semana. Esse alinhamento ajuda o corpo a entender quando é hora de desacelerar.
Evite o uso de telas à noite — a luz azul do celular, da TV ou do computador reduz a produção de melatonina, o hormônio do sono. Mantenha o quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável.
Uma boa alimentação também influencia: evite comidas pesadas, cafeína e álcool no período noturno. Atividades relaxantes, como ler um livro, ouvir música calma ou tomar um banho quente, ajudam a reduzir a tensão.
E lembre-se: praticar atividade física regularmente é ótimo, mas opte por treinos até, no máximo, o fim da tarde, para não agitar o corpo demais perto da hora de dormir.
A relação entre insônia e saúde mental
A relação entre sono e saúde mental é profunda. Pessoas com quadros de ansiedade e depressão têm maior risco de desenvolver insônia — e, por outro lado, noites mal dormidas podem agravar esses transtornos. É um ciclo que muitas vezes passa despercebido, mas que precisa ser interrompido com acolhimento e cuidado.
Muita gente que enfrenta a insônia sabe que o tratamento adequado pode incluir medicamentos contínuos. O problema é que, muitas vezes, o custo do tratamento pesa, e não são raros os casos em que as pessoas interrompem o uso por falta de recursos.
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