Diante das adversidades e dos desafios que surgem a toda hora no mercado de trabalho, um fator tem sido cada vez mais considerado pelas equipes de RH: a inteligência emocional do colaborador. Afinal, o sucesso de um profissional também está relacionado à sua capacidade de tomar decisões, lidar com cenários de crise e trabalhar em equipe.
Pensando nisso, vamos apresentar agora para você o que as empresas podem fazer para desenvolver essa habilidade no seu time de funcionários e ainda alavancar seus resultados. Confira!
Por que investir em inteligência emocional do colaborador?
O tempo no qual as habilidades técnicas contavam mais do que a capacidade de se relacionar bem com as pessoas no trabalho já foi – ou, pelo menos, tem mudado bastante nos últimos anos. Justamente por isso, “treinar” o lado emocional dos profissionais tem se tornado tão importante.
“Um dos pilares da inteligência emocional é o autocontrole, a empatia e o talento para trabalhar em grupos – habilidades que são cada vez mais necessárias no ambiente corporativo”, ressalta Érica Fernandes, consultora de gestão de pessoas, psicóloga e coach.
E não é para menos. De acordo com uma pesquisa realizada em 2013 pela empresa Catho, o segundo maior motivo de demissões nas empresas é o mau comportamento do colaborador. Ou seja, quem não tem inteligência emocional para lidar com as adversidades dificilmente consegue se manter por muito tempo empregado.
Mas você pode se perguntar : “qual o impacto disso para a empresa?” Bom, a inteligência emocional impacta em praticamente tudo – desde a evolução e o bom desempenho individual do profissional até a produtividade geral da companhia. “Colaboradores com habilidades sociais e inteligência emocional desenvolvida promovem ambientes mais harmônicos e, consequentemente, mais produtivos ”, completa a especialista.
Benefícios da inteligência emocional do colaborador para a empresa
Quando falamos em inteligência emocional, esbarramos em benefícios que atingem tanto a vida pessoal quanto profissional do trabalhador, além da própria organização, que também sai ganhando. A seguir, listamos algumas das principais vantagens do ponto de vista das empresas. Confira:
- Formação de equipes mais comprometidas com suas tarefas e que conseguem lidar melhor com adversidades do trabalho e da vida pessoal;
- Melhor relacionamento com clientes e fornecedores;
- Mais produtividade e melhores resultados;
- Times com capacidade de tomar melhores decisões;
- Melhora do bem-estar dos colaboradores;
- Clima organizacional mais saudável;
- Aumento do nível de competitividade da empresa;
- Maiores êxitos em projetos;
- Maiores lucros.
Como desenvolver a inteligência emocional dos colaboradores?
Não à toa, as equipes de RH têm um papel fundamental no desenvolvimento da inteligência emocional dos colaboradores. A seguir, confira algumas dicas do que pode ser feito nesse sentido:
Trabalhar uma cultura que cuide da saúde mental do colaborador
A inteligência emocional é desenvolvida nos funcionários também por conta do ambiente no qual eles estão inseridos, por isso a importância da priorização da saúde mental de todos eles.
Manter, portanto, um canal aberto de comunicação com cada trabalhador, oferecer psicoterapias e dar todo o suporte ao colaborador, seja antes ou depois de ele desenvolver quadros de estresse excessivo, ansiedade ou depressão, por exemplo, são ações que precisam ser cada vez mais realizadas.
Oferecer treinamentos de desenvolvimento pessoal
Treinamentos internos ou externos com profissionais que atuam em prol da saúde mental e com coaches que promovem discussões sobre carreira e vida pessoal também são exemplos de ações que ajudam a impulsionar a inteligência emocional dos colaboradores.
Segundo Érica Fernandes, tais ações ajudam a desenvolver “habilidades genuinamente pessoais, como a empatia, o autoconhecimento, autocontrole e o aprendizado para situações de pressão e crise. Dessa forma, além de estarem mais preparados para seus trabalhos, os colaboradores estarão mais preparados para os acontecimentos do cotidiano.”
Dar feedbacks construtivos
Fornecer feedbacks ressaltando os pontos fortes do colaborador e apontando para ele o que deve ser melhorado também é superimportante quando o assunto é inteligência emocional. Além disso, o momento pode – e deve – ser aproveitado para ouvir o que o funcionário tem a dizer. Muitas vezes, ele pode expressar algum descontentamento que a empresa tem condições de atenuar.
Ter uma gestão humanizada
Já falamos em outra oportunidade por aqui sobre a importância de uma gestão humanizada para que os colaboradores se sintam acolhidos e valorizados, além de percebidos como pessoas importantes para a empresa.
Dialogar, acompanhar e orientar, além de praticar a empatia e ouvir o que cada profissional tem a dizer, é crucial para que cada um se descubra.
Por fim, para medir o grau de inteligência emocional de todos eles, vale a pena investir em pesquisas de satisfação, clima organizacional e engajamento da equipe.
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