Para profissionais de RH, termos como salário e remuneração fazem parte do vocabulário cotidiano, mas a diferença entre os dois pode ser mais sutil do que parece.
Compreender esses conceitos é essencial para desenhar pacotes de benefícios e recompensas que realmente valorizem seus colaboradores.
Neste artigo, vamos desvendar a diferença entre salário e remuneração, respondendo às perguntas que surgem no dia a dia do RH, e mostrar como uma estratégia bem planejada pode ajudar você a atrair, reter e motivar os melhores talentos.
Diferenças entre salário e remuneração
Muitas vezes, salário e remuneração são usados como sinônimos, mas eles têm significados distintos. O salário é uma parte da remuneração, enquanto a remuneração é um termo mais abrangente que engloba não apenas o salário base, mas também outras formas de compensação oferecidas aos funcionários.
O salário, como o próprio nome sugere, é o valor fixo que um colaborador recebe por seu trabalho. É geralmente expresso em um valor monetário mensal ou anual e pode ser pago de forma regular, como por hora, diária, semanal ou mensal. O salário é a base da compensação de um funcionário e é geralmente determinado com base em fatores como nível de experiência, educação, responsabilidades do cargo e localização geográfica.
Por outro lado, a remuneração abrange não apenas o salário base, mas também outros benefícios e recompensas oferecidos aos colaboradores. Isso pode incluir bônus, comissões, participação nos lucros, benefícios como plano de saúde, plano de previdência, auxílio-alimentação, entre outros. A remuneração total de um funcionário é composta por todas essas formas de compensação, além do salário base.
É importante entender a diferença entre salário e remuneração para que você possa projetar uma estratégia de compensação eficaz para sua empresa. Ao oferecer uma remuneração competitiva e atrativa, você pode atrair talentos qualificados e motivá-los a permanecer na empresa a longo prazo.
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Quais são os tipos de salário
Existem diferentes tipos de salário que podem ser adotados pelas empresas, dependendo das necessidades e políticas internas. Alguns dos tipos de salário mais comuns incluem:
Salário fixo
É o tipo mais comum de salário, onde o colaborador recebe um valor fixo regularmente, geralmente mensalmente. Esse valor não varia de acordo com o desempenho do funcionário ou outros fatores.
Salário por hora
Nesse tipo de salário, o colaborador é remunerado com base no número de horas trabalhadas. É comum em trabalhos temporários, por projetos ou para cargos com horários flexíveis.
Salário por comissão
É um tipo de salário baseado nas vendas ou negócios gerados pelo funcionário, que recebe uma porcentagem das vendas ou um valor fixo por cada venda efetuada.
Salário por produção
Esse tipo de salário é utilizado quando a remuneração é baseada na quantidade de produtos ou unidades produzidas pelo colaborador. É comum em indústrias ou setores onde a produção é o foco principal.
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Quais são os tipos de remuneração
Assim como existem diferentes tipos de salário, também existem várias formas de remuneração que podem ser oferecidas aos colaboradores. Além do salário base, algumas opções comuns de remuneração incluem:
Bônus
É uma forma de remuneração variável oferecida como uma recompensa por atingirem metas ou alcançarem resultados excepcionais. Pode ser pago de forma anual, semestral, trimestral ou mensal, dependendo das políticas da empresa.
Participação nos lucros
É uma forma de remuneração que permite aos colaboradores participarem dos lucros da empresa. Geralmente, um percentual dos lucros é distribuído entre os funcionários com base em critérios predefinidos.
Benefícios
Além do salário, os benefícios também fazem parte da remuneração total oferecida aos colaboradores. Isso pode incluir desde benefícios mais básicos e tradicionais, como plano de saúde, auxílio-alimentação e auxílio-transporte, e também outros benefícios mais específicos e voltados ao bem-estar dos colaboradores, como auxílio para a compra de medicamentos, acesso a academias, e por aí vai.
Plano de carreira
Oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional também são formas de remuneração. Oferecer um plano de carreira estruturado e possibilidades de promoção pode ser um incentivo importante para atrair e reter talentos.
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Fatores que impactam o salário e remuneração
Existem alguns fatores que impactam o salário e a remuneração, e que podem variar de acordo com a economia, a indústria e a natureza do trabalho. Vamos explorar alguns dos principais pontos que moldam esses aspectos:
- Setores e Cargos
Diferentes setores da economia e cargos específicos oferecem níveis distintos de remuneração. Setores com alta demanda e escassez de talentos tendem a pagar mais, como TI e Saúde. Cargos executivos também oferecem salários mais altos devido à responsabilidade estratégica envolvida.
- Experiência e Qualificações
Profissionais com mais anos de experiência ou qualificações especializadas geralmente conseguem negociar salários mais altos. Certificações adicionais e habilidades técnicas também influenciam positivamente.
- Conjuntura Econômica
Em tempos de prosperidade econômica, empresas costumam oferecer remuneração mais competitiva para atrair talentos. Em períodos de recessão, as organizações podem ser mais cautelosas, impactando os salários iniciais e benefícios.
- Acordos Sindicais e Legislação Trabalhista
Em setores com forte presença sindical, acordos coletivos podem determinar os salários mínimos e benefícios. Leis trabalhistas, como o salário mínimo e a regulamentação de benefícios obrigatórios, também estabelecem padrões que afetam a remuneração.
- Localização Geográfica
Custo de vida e disponibilidade de mão de obra em uma região afetam a remuneração. Áreas metropolitanas tendem a oferecer salários mais altos, mas também têm um custo de vida elevado.
- Desempenho Individual e da Empresa
Em algumas empresas, o desempenho individual pode influenciar diretamente a remuneração através de bônus ou comissões. O desempenho global da empresa também pode resultar em pagamentos de participação nos lucros.
- Estratégia de Benefícios
Organizações com pacotes de benefícios generosos podem compensar salários menores, resultando em uma remuneração total mais atraente.
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A importância de ir além do convencional
Nos dias de hoje, os colaboradores buscam mais do que apenas salários competitivos: desejam benefícios que realmente façam a diferença no seu dia a dia. Um pacote generoso pode ser uma ferramenta poderosa para aumentar o engajamento e a satisfação dos funcionários, criando uma cultura empresarial positiva e atraindo talentos qualificados.
Vamos utilizar um exemplo prático: que tal complementar o plano de saúde que você já oferece com um programa de auxílio medicamentos? Esse tipo de benefício permite que os colaboradores sigam seus tratamentos medicamentosos à risca, diminuindo gastos com sinistralidade do plano de saúde e absenteísmo.
Além disso, fornecer apoio à saúde mental é cada vez mais essencial. Oferecer acesso a terapia ou programas de aconselhamento ajuda os colaboradores a lidarem melhor com o estresse e os desafios diários, promovendo maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Por fim, incentivar a atividade física e os cuidados com a alimentação também traz um retorno positivo. Planos que envolvem programas de atividades físicas, consultas com nutricionistas e planos alimentares personalizados estimulam hábitos mais saudáveis e aumentam a disposição e a produtividade.
Investir em um pacote de bem-estar completo é um investimento direto no sucesso da empresa e na qualidade de vida dos colaboradores, criando um ciclo virtuoso de satisfação, produtividade e fidelidade.
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