O principal desafio da sua empresa tem sido manter o ânimo e a produtividade dos colaboradores nesses tempos de pandemia? Pois saiba que não é só a sua equipe de RH que está tendo de lidar com isso.
De acordo com um levantamento da Gartner (empresa de pesquisa e consultoria), sobre ações que devem ser tomadas pelas organizações a fim de ajudar os profissionais neste momento, o primeiro ponto constatado foi que, situações como a provocada pela disseminação da COVID-19, exigem que as lideranças tenham ainda mais cuidados com as emoções dos funcionários. Afinal, quadros de ansiedade, bem como a sensação de frustração e de esgotamento, têm sido ainda mais comuns, gerando consequências que afetam não só a vida profissional, mas também pessoal dos trabalhadores.
Segunda a pesquisa, experiências negativas como a que estamos vivendo agora podem afetar em até 35% a segurança psicológica dos profissionais. Somado a isso, períodos de medo e de incerteza, como os provocados pelo novo coronavírus, aumentam em até 33% a má conduta no trabalho.
E vale a pena lembrar que esses sentimentos e posturas tendem a surgir (e crescer) quando não há o acompanhamento pontual de RHs e gestores.
Como a pandemia afeta o ânimo e a produtividade dos colaboradores?
Além da adaptação estrutural pela qual as empresas se viram obrigadas a passar por conta do novo coronavírus, há outro desafio para gestores, lideranças e RHs: manter o ânimo e a produtividade dos colaboradores, driblando a ansiedade, o medo e até mesmo a tristeza que estão super em alta neste momento.
Para Fabíola Luciano, psicóloga clínica, especialista em Terapia Cognitiva Comportamental pela USP (Universidade de São Paulo), “quando esses sentimentos não são bem trabalhados e administrados, eles podem levar a um impacto bem importante, tanto na vida pessoal quanto na profissional de qualquer indivíduo. Na vida particular, as pessoas podem acabar perdendo o controle dessas emoções e não conseguindo desfrutar de bons momentos, desenvolvendo um sentimento mais pessimista e de desesperança em relação à vida. Isso tende a impactar diretamente no humor, afetando até a maneira como se relacionam com outras pessoas. Já na parte profissional, pode haver mais dificuldade de seguir no trabalho, de manter a produtividade ou mesmo de executar as tarefas. Isso acontece, especialmente, quando se está com o humor um pouco mais deprimido, ou quando há uma baixa de energia muito grande, o que impacta diretamente na execução das tarefas diárias e no comportamento desse colaborador.”
Mas o que fazer para manter o ânimo e a produtividade dos colaboradores?
Segundo a especialista, é importante que cada pessoa comece identificando o que está sentindo e, principalmente, compreenda que existe uma relação direta de alguns sentimentos com o momento que todos nós estamos vivendo. Porém, é preciso ter a compreensão de que é possível conviver com essas sensações e buscar enxergar e valorizar as pequenas coisas boas que acontecem neste período, como os momentos com a família, por exemplo.
“Entrar em contato com os sentimentos é o primeiro caminho, afinal, não é possível modificar o que não se conhece. É preciso, portanto, começar a reconhecê-los, porque não fomos treinados para trabalhar nossas emoções. Por isso, quando elas chegam, nós não sabemos ao certo o que estamos sentindo, apenas identificamos um incômodo, sem saber o que fazer com ele. Mas, às vezes, a emoção não precisa ser necessariamente resolvida, precisa apenas ser percebida”, ressalta.
Quanto ao trabalho dos RHs para manter o ânimo e a produtividade dos colaboradores, Fabíola reforça que é fundamental começar respeitando os limites de cada um. Além disso, é preciso que as organizações atuem de forma mais humanizada e, antes de cobrar resultados, compreendam que cada profissional está passando por uma realidade diferente.
Somada a essas ações, também é possível colocar em prática as medidas listadas abaixo. Confira!
Identifique quando o colaborador precisa de apoio
Procure manter o contato com os profissionais, isso ajuda a identificar mudanças de comportamento que estejam comprometendo sua vida pessoal e profissional. “É preciso entender os problemas pessoais dos colaboradores e buscar meios de ajudar. Atitudes assim contribuem para fidelizá-los e mostram parceria neste momento, ressaltando que o trabalho não é uma relação unilateral”, indica a psicóloga.
Preze por uma boa comunicação
A boa comunicação ajuda não apenas a identificar possíveis problemas, mas também a aumentar o ânimo e a produtividade dos colaboradores, especialmente quando abordam temas de interesse comum.
Tenha os objetivos da empresa claramente definidos
Uma maneira de aumentar o ânimo e a produtividade dos colaboradores é mostrando o quanto eles são essenciais para que a empresa atinja seus objetivos, que devem ser, por sua vez, claros e condizentes com a nova realidade. “É bastante válido retomar o valor do porquê aquele profissional está ali, resgatando seu propósito individual e coletivo”, orienta Fabíola.
Reforce a necessidade de comportamentos adequados
Como dissemos, a pesquisa da Gartner apontou que os sentimentos causados pela pandemia podem incentivar más condutas ou comportamentos inadequados no trabalho. Portanto, é essencial as que empresas deem orientações sobre disciplina, autogerenciamento e controle de tempo nesta fase.
Reconheça o esforço de cada colaborador
A COVID-19 mudou a vida e a rotina do mundo inteiro. Assim como as organizações vêm tomando medidas para continuarem ativas e protegerem seus funcionários, os próprios profissionais também têm se dedicado para continuar prestando um bom serviço. Por isso, é importante que as empresas reconheçam esses esforços, não esquecendo que cada colaborador tem uma realidade de vida bem particular.
Conte com a Vida – wellbot (robô virtual) de bem-estar da Vidalink
A Vida é o wellbot (robô virtual) de bem-estar da Vidalink criado para promover a mudança de hábitos e o fortalecimento emocional dos profissionais dentro e fora do ambiente de trabalho, por meio de trilhas de conteúdo criadas com exclusividade por especialistas em desenvolvimento comportamental (médicos, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos e coaches).
Justamente por isso, ela consegue falar sobre saúde mental com o usuário driblando o estigma tradicional que envolve quadros de ansiedade e depressão e identificando antecipadamente comportamentos que indicam problemas relacionados à saúde emocional. Ela também dá suporte às pessoas com quadros diagnosticados com informações sobre possíveis efeitos colaterais, terapias complementares, riscos do abandono do tratamento, lembretes de recompra dos medicamentos, entre outras ações.
Além disso, a Vida consegue atuar em prol do desenvolvimento profissional dos colaboradores com treinamentos que visam estimular a sua autoconfiança para que eles atinjam picos de performance no trabalho, administrem bem o tempo e conquistem seus objetivos.
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