Desde a chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, profissionais dos mais variados segmentos viram sua realidade mudar drasticamente, seja pela migração para o modelo de trabalho remoto (e todos seus efeitos), a sobrecarga de tarefas, o medo natural provocado pela COVID-19 ou pela falta de convívio social. Tudo isso, claro, tem gerado muito desgaste entre os colaboradores e facilitado o surgimento de casos de Burnout nas equipes.
Cabe às lideranças, portanto, saber identificá-los e administrá-los bem no dia a dia. Mas o que precisa ser feito exatamente nesse sentido? É o que vamos descobrir aqui e agora. Confira:
Quais os principais sintomas do Burnout?
Como já dissemos em outra oportunidade por aqui, dentre os principais sintomas de Burnout, estão:
- Dificuldades de envolvimento e energia para com o trabalho;
- Falta de perspectiva de mudança das situações que geram incômodo;
- Queda de produtividade;
- Irritabilidade;
- Nível de estresse mais elevado.
Além disso, pode haver:
- Problemas com a qualidade do sono, incluindo insônia ou hipersonia;
- Alterações de apetite;
- Diminuição de prazer pelas atividades;
- Isolamento.
Já do ponto de vista coletivo, podemos destacar três efeitos principais causados pelo problema. São eles:
- Baixos índices de produtividade;
- Desmotivação;
- Queda de desempenho
“Em seu limite, quando o Burnout irrompe, a pessoa perde o interesse pelas suas atividades, tem a impressão subjetiva de que seus esforços, sua energia e suas entregas são ineficazes diante de exigências sempre renovadas e com tom de impossibilidade”, ressalta Diogo José Lacerda, psicólogo clínico, recrutador e fundador da Fox Talentos.
Diante disso, cabe às empresas e suas lideranças estarem atentas ao menor indício do problema entre os membros de suas equipes.
Para o especialista, “é importante considerar também que o Burnout é uma das formas de adoecimento psíquico no trabalho, embora não seja o único. Ocorre que sua sintomatologia e causalidade estão intrinsicamente relacionadas ao trabalho, em suas dimensões objetivas e subjetivas. Em resumo, ele ocorre no trabalho, e não fora dele. Dessa forma, aspectos de gestão e culturais, metas, objetivos do negócio e tipo de mercado contribuem para o surgimento de casos desse tipo.”
Quais são as medidas para evitar casos de Burnout nas equipes?
Medidas de prevenção simples, que vão desde conversas pontuais com cada colaborador para oferecer apoio até a oferta de atendimento psicológico, devem ser cada vez mais adotadas pelas organizações no combate ao Burnout.
“Vivemos um momento cujo a pandemia tem exigido grandes mudanças, tanto nas rotinas quanto nas atividades e nos modos de relacionamento no trabalho. É fundamental, portanto, que as lideranças apoiem os colaboradores em suas necessidades relacionadas às tarefas e aos desafios do dia a dia, mas também do ponto de vista psicológico. A qualidade de vida deve ser foco de atuação do líder. Se ele deixá-la em segundo plano, pode sofrer com a queda de produtividade, resultados, eficiência e satisfação, inclusive a sua, aumentando os momentos de desprazer e contribuindo para que o problema se torne uma bola de neve”, ressalta Lacerda.
Como os líderes devem lidar com o Burnout nas equipes?
O Burnout, seja ele já diagnosticado ou não nos colaboradores, exige dos líderes uma postura acolhedora e a tomada rápida de decisões. Cabe a eles oferecer suporte constante e da melhor maneira possível para cada indivíduo, num trabalho conjunto com a empresa como um todo.
Confira, a seguir, algumas dicas do que pode ser feito:
Escute o colaborador
Ouvir o que o colaborador tem a dizer sobre o sofrimento que ele está passando é algo crucial para a tomada de ações eficazes contra o Burnout. O momento em que o profissional expõe suas dores psíquicas traz alívio para ele e, justamente por isso, não pode ser negligenciado pelas lideranças.
Oriente os times
É importante que os líderes orientem seus times sobre medidas que ajudam a reverter o quadro de Burnout, como o acompanhamento médico, a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e até mesmo a possibilidade de um afastamento temporário das atividades profissionais.
Ofereça apoio de profissionais de saúde mental
Como temos falado constantemente por aqui, a saúde mental dos trabalhadores não pode mais ser negligenciada pelas empresas – e a pandemia do novo coronavírus tem evidenciado, de certa maneira, essa necessidade. Portanto, dispor do apoio especializado de profissionais de saúde mental é algo muito importante para a prevenção e o tratamento de problemas como ansiedade, depressão e o próprio Burnout apresentados pelos colaboradores.
Tratado da forma adequada, seja com diversas sessões de terapia ou com a combinação de medicamentos, a tendência é a de que o quadro de Burnot seja revertido rapidamente. “É muito importante que a pessoa seja acompanhada de forma interdisciplinar”, destaca.
Conte com tecnologias de apoio ao tratamento
Para aumentar a eficiência da prevenção do Burnout na equipe, também vale a pena contar com o auxílio de novas tecnologias. Afinal, as vantagens de serviços digitais de saúde expandem as possibilidades de apoio ao colaborador.
Além do mais, tecnologias de acompanhamento e monitoramento do bem-estar físico e mental dos profissionais no ambiente de trabalho oferecem dados precisos que ajudam na tomada de ações bem dirigidas ao público interno.
“A tecnologia é uma grande aliada, se for utilizada da maneira correta. É importante que o líder consiga perceber quais tecnologias podem beneficiar de fato sua equipe. A subjetividade deve ser alvo estratégico das lideranças. Quando se fala em necessidades psicológicas no trabalho, é importante que as tecnologias ampliem as formas de aproximar a qualidade de vida no trabalho à rotina das equipes e lideranças, seja presencialmente ou remotamente. Aplicativos de bem-estar podem estar presentes nas três fases descritas: prevenção, remediação ou tratamento do esgotamento e adoecimento”, afirma o especialista.
Cabe às lideranças das empresas, portanto, ter consciência de que negar um problema que é, ao mesmo tempo, de recursos humanos e de negócios, é, no mínimo, aceitar que a organização não vai bem. “E em um mercado competitivo, deixar de se adaptar, é, consequentemente, perder mercado”, conclui Lacerda.
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A Vida é o wellbot (robô virtual) de bem-estar da Vidalink criado para promover a mudança de hábitos e o fortalecimento emocional dos profissionais dentro e fora do ambiente de trabalho, por meio de trilhas de conteúdo criadas com exclusividade por especialistas em desenvolvimento comportamental (médicos, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos e coaches).
Justamente por isso, ela consegue falar sobre saúde mental com o usuário driblando o estigma tradicional que envolve quadros de ansiedade e depressão e identificando antecipadamente comportamentos que indicam problemas relacionados à saúde emocional. Ela também dá suporte às pessoas com quadros diagnosticados, com informações sobre possíveis efeitos colaterais, terapias complementares e riscos de abandono do tratamento, além de lembretes de recompra da medicação, entre outras ações. Confira os detalhes no vídeo https://bit.ly/3bOhhqi.
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